Afrofuturismo na educação: criatividade e inovação para discutir a diversidade etnicorracial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ROCHA, Helena do Socorro Campos da lattes
Orientador(a): VAZ, Cristina Lúcia Dias lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior
Departamento: Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas a Ensino e Extensão
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/12992
Resumo: "Afrofuturismo na Educação: Criatividade e Inovação para discutir a diversidade etnicorracial” é o tema da pesquisa que trata da aplicabilidade do Afrofuturismo na Educação em turmas de Formação de Professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) campus Belém. O objetivo geral foi criar ambientes, metodologias e instrumentos afrofuturistas inovadores e criativos para discutir a diversidade etnicorracial no IFPA. Utiliza o método da Cartografia através das pistas: acompanhamento de processos, atenção, política da narrativa e pesquisa intervenção conforme Passos, Kastrup e Escóssia (2015). A narrativa da pesquisa flui através de quatro contos e a cada passagem existe um orixá que guia a personagem Ananse afrofuturista em sua busca pela criatividade e inovação. No primeiro e segundo contos, Ananse foi conduzida por Oxumarê ao Cinema Namibe em Angola com a seguinte inquietação: como um ambiente afrofuturista de Realidade Virtual pode visibilizar a inovação no fazer criativo da Diversidade Etnicorracial? No terceiro conto, Oxum, a senhora do Abébé, guiou Ananse até o IFPA campus Belém na busca por respostas à seguinte inquietação: como a CartoDiversidade promove o empoderamento de forma criativa e inovadora no trato com as questões etnicorraciais através da produção de materiais didáticos? A CartoDiversidade é uma metodologia ativa baseada na Cartemática, cunhada por Vaz (2018) e se propõe a promover a interdisciplinaridade entre a Arte e a Diversidade Etnicorracial através do Movimento Afrofuturista. É composta de três Cartas: Carta Princípios Inspiradores, Carta Exercício do Olhar e Carta Inspiração, utilizando os princípios da cultura Maker e da metodologia STEAM. No terceiro conto Ananse foi guiada por Oxaguiã, o senhor da inovação e da criatividade, aos inventários produzidos como produto da Carta Inspiração. Ananse observou que o NEAB Virtual é um recurso que visibiliza a inovação do fazer criativo da Diversidade Etnicorracial estando impregnadas as características fundamentais do Afrofuturismo nos produtos expostos no contexto de cada conhecimento específico: a ancestralidade, a tecnologia, a autonomia e um futuro possível. A CartoDiversidade provocou conexões interdisciplinares entre o Afrofuturismo e a diversidade etnicorracial permeada pela criatividade e a inovação visíveis no cartocurar e cartofazer nas três cartas. A CartoDiversidade se configura em uma metodologia ativa poderosa no trato com a diversidade etnicorracial trazendo à tona, nesse caso específico, a possibilidade de empoderar alunos e alunas através da Arte com o movimento Afrofuturista, tornando-os protagonistas de sua aprendizagem e inserindo suas vozes e narrativas com produtos educacionais autorais. A CartoDiversidade, inspirada na Cartemática, pode ser adaptada a qualquer componente curricular e seu Guia é o produto principal da pesquisa. Foi possível visibilizar a inovação no fazer e no processo criativo dos alunos e alunas a partir das pistas produzidas nos inventários afrofuturistas que serviram de instrumento onde é percebida a mudança de postura perante a diversidade etnicorracial que brotava do interior de cada um, muitas vezes machucados no percurso acadêmico. Os resultados apontam com essa vivência que ambientes, metodologias e produtos inovadores afrofuturistas potencializam a aprendizagem criativa sobre a diversidade etnicorracial.