Sustentabilidade urbana e qualidade de vida: desafios a serem consolidados na Região Metropolitana de Santarém – PA.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FERREIRA, Amanda Estefânia de Melo lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-2840-3069
Orientador(a): VIEIRA, Ima Célia Guimarães lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15850
Resumo: A noção de sustentabilidade urbana surge como contraponto à visão tradicional de desenvolvimento, e tem articulação com a implementação de políticas públicas, acontecimentos climáticos, forçantes econômicas, bem como a formação de novos cenários políticos e territoriais. Um desses cenários é a criação de regiões metropolitanas na Amazônia, que acontece diante de pretextos distintos, com destaque ao interesse político. A região metropolitana de Santarém, criada a partir de uma articulação sobre a divisão do território paraense, é uma região diferenciada, onde a diversidade socioespacial se associa tanto ao perfil hegemônico metropolitano, quanto à origem amazônica ribeirinha. Nesta pesquisa, avaliamos o nível e as condições de sustentabilidade urbana dos municípios que compõem a região Metropolitana de Santarém, Pará e suas relações com os problemas ambientais e com a migração provocada pela expansão da soja na região. Para isso, foi utilizado o Sistema de Índices de Sustentabilidade Urbana (SISU), compostos, nesta análise, por três índices, 10 indicadores e 19 variáveis. Com base ainda no SISU, foram categorizados os problemas ambientais encontrados em reportagens on-line dos anos no período de agosto de 2016 a julho de 2018 de dois jornais locais de ampla repercussão em Santarém (G1 – TV Tapajós e O Impacto); e para compreender a relação rural-urbano, foram realizadas entrevistas semiestruturadas em 21 comunidades rurais, com 27 imigrantes em 2011 e 8 em 2019 e análise pareada entre 8 entrevistados em 2011 e 2019. Foram identificados avanços no desempenho dos municípios dessa região, em relação aos Índices de Capacidade Político-institucional (ICP) e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), não havendo melhoria para o Índice de Qualidade Ambiental (IQA). Na análise de 265 reportagens, foram identificados 39 problemas ambientais e 31 possíveis consequências para a qualidade de vida da população., que apontam uma maior proporção de problemas ambientais urbanos em Santarém, quando comparado com os demais municípios dessa região metropolitana. No contexto rural urbano, nossa análise preliminar aponta um forte fluxo migratório (rural-urbano) para o período de 2000 a 2010 (período de estabelecimento da soja), embora a pressão pelo agronegócio não tenha sido mencionada como motivo para imigração, e sim, o anseio pela busca de melhor qualidade de vida e educação, além da ausência de governo no meio rural. De fato, notou-se que os entrevistados apresentaram melhores condições de vida e uma evolução dos níveis educacionais, residindo na cidade. Destaca-se a necessidade de mais investimentos na qualidade de serviços, cadeias produtivas, ordenamento territorial e gestão ambiental na região estudada, de forma que políticas integradas proporcionem melhores condições de vida às populações e novos patamares de sustentabilidade.