Análise comparativa da ansiedade relatada em surdos e ouvintes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: COSTA, Edilane Lourenço da lattes
Orientador(a): GOUVEIA JR, Amauri lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10718
Resumo: O grupo de pessoas surdas no Brasil é considerado expressivo. A Surdez pode gerar disfunções emocionais, dentre elas a ansiedade. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi mensurar a ansiedade relatada entre surdos e ouvintes, com a aplicação da Escala Analógica de Humor (EAH) padrão e a adaptada para LIBRAS. A amostra foi composta por 62 participantes, divididos em grupo ouvinte (n=31) e grupo surdo (n=31), com idades médias de 31(±7,53) e 31(±7,69) anos, respectivamente, de ambos os sexos, pareados por idade, sexo, renda e grau de instrução. A aplicação da EAH foi realizada individualmente e os dados obtidos foram analisados em termos dos fatores: ansiedade, sedação física, sedação mental, outros sentimentos e índice total da escala. O tratamento dos dados foi precedido da aplicação do teste de normalidade (Kolmogorov-Smirnov) e teste de igualdade de variância. Para os dados que atendiam a esses testes, utilizou-se o teste t de Student para comparar os fatores da EAH; entre os grupos; entre feminino e masculino, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diferentes níveis de renda, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diversos anos de estudo, dentro dos grupos e entre os grupos. Quando não foi possível satisfazer aos critérios de normalidade e homogeneidade da variância foi utilizado o teste não-paramétrico Mann-Whitney (U). Foi adotado o nível de significância p ≤ 0,05. Analisou-se também a correlação nas variáveis, renda, grau de instrução e idade com cada um dos fatores que compõem a escala, no grupo ouvinte e no grupo surdo. Os resultados obtidos apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos no índice da sedação física, sendo menor no grupo surdo que no grupo ouvinte. Na análise entre os grupos, ouvinte e surdo, distribuídos por sexo, foi expressa diferença estatisticamente significativa no fator outros sentimentos, sendo maior no grupo surdo, tanto no sexo feminino quanto masculino, em relação ao grupo ouvinte do sexo masculino. Ocorreu diferença estatística significativa nas variáveis renda e grau de instrução nos componentes da EAH, ansiedade, sedação física e sedação mental, entre e dentre os grupos. Na análise de correlação, no grupo ouvinte, foi verificada correlação positiva na variável renda e escolaridade versus sedação física e correlação positiva na variável idade versus ansiedade. No grupo surdo foi encontrada correlação positiva na variável idade versus sedação física. Concluímos que, a utilização de escalas para avaliar a ansiedade é importante e valiosa para pesquisas de campo, e a EAH adaptada em LIBRAS mostrou-se sensível para avaliação da ansiedade em surdos, isso facilita a inclusão diagnóstica dessa população específica, que às vezes é subdiagnosticada.