Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PANTOJA, Laudreísa da Costa
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Orientador(a): |
KHAYAT, André Salim
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Oncologia e Ciências Médicas
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Departamento: |
Núcleo de Pesquisas em Oncologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10836
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Resumo: |
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a principal neoplasia que acomete crianças e adolescentes, correspondendo a 25% dos tipos de câncer nesta faixa etária. Trata-se de uma neoplasia do sistema hematopoiético e pode ser classificada por morfologia, imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular. Apesar dos avanços no tratamento, até um quarto dos pacientes com LLA ainda apresentam recaída, tendo associação com alterações genéticas recorrentes. Nos últimos anos, esforços intensivos são dedicados para identificar alterações genéticas que contribuam para a leucemogênese, que influenciem a resposta ao tratamento e que possam ser aplicadas na clínica como novas ferramentas de prognóstico e/ou alvos terapêuticos. Neste sentido, este projeto objetiva avaliar a resposta terapêutica e o prognóstico de pacientes com diagnóstico de leucemia linfóide aguda portadoras das principais fusões gênicas que possuem importância de diagnóstico, prognóstico e no direcionamento de ações terapêuticas da LLA como a TCF3-PBX1, MLL-AF4, BCR-ABL, TEL-AML1 e SIL-TAL, em pacientes pediátricos de um centro de referência do Estado do Pará. Material e Métodos: As amostras de medula óssea e sangue periférico foram extraídos de 55 pacientes de 0 a 18 anos, portadoras de LLA e realizada coleta de dados do prontuário. As amostras foram submetidas a técnica de RT-PCR para pesquisa das fusões gênicas. Resultados: Os pacientes com idade superior a 10 anos foram mais refratários ao tratamento inicial (p=0,017). A leucometria inicial apresentou média de 92.235 leucócitos e 35,3% apresentavam leucometria maior 50.000, sendo classificados com alto risco (p=0,000) eapresentaram outros fatores de mau prognóstico como faixa etária de pior prognóstico (p=0,004) e classificação de Egil de LLA T (p= 0,001). A frequência de fusões foi de BCR-ABL11%; MLL-AF4 3,6%; TEL-AML1 7,2%, E2A-PBX1 21,8% e SIL-TAL 5,4%. Os pacientes com fusão TEL-AML1 eram AR em sua maioria (p=0,026), os com MLL-AF4 apresentaram OR=1.33 para óbito, e todos foram a óbito (p=0,019), e os com SIL-TAL possuíam idade desfavorável ao diagnóstico, (p=0,017) e leucometria inicial maior que 50.000 (p=0,039). A refratariedade ao tratamento inicial foi de 9%, recidiva 18% e óbito 14,5%, não estando significamente associada ao gênero, idade, contagem leucocitária ao diagnóstico, linhagem celular ou presença de fusões neste limitado número de pacientes, exceto pela fusão MLLAF4em lactentes que apresentou razão de chance para óbito de 1,33 (p=0,019) e todos morreram. Conclusão: A população estudada possui pior prognóstico mesmo naqueles pacientes com características genéticas favoráveis como a fusão TEL-AML1. Nesta pesquisa a frequência das fusões foi elevada e associada a outros fatores prognósticos como idade maior que 10 anos e hiperleucocitose inicial contribuiu para um pior prognóstico e diminuição da resposta terapêutica. Além disso a fusão MLL-AF4 em lactentes isoladamente apresentou risco elevado para óbito. Os resultados do tratamento em crianças com LLA podem ser reflexo das condições de assistência à saúde, situação socioeconômica e outros fatores genéticos associados. |