Hidrodinâmica e transporte de sedimentos em uma área de manguezal na planície costeira de Bragança, Amazônia Oriental – Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: MIRANDA, Artur Gustavo Oliveira de lattes
Orientador(a): SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11544
Resumo: Os processos físicos que ocorrem nas áreas de intermarés são de fundamental importância para o ecossistema manguezal, devido o processo de interação existente entre oceanos e estuários, com os manguezais. Os canais de maré apresentam uma das mais importantes e peculiares características dos ambientes costeiros, devido à hidrodinâmica que controla tanto o fluxo das marés quanto a morfologia do canal. Este trabalho tem como objetivo analisar e compreender o processo hidrodinâmico e a dinâmica sedimentar na Planície Costeira de Bragança, especificamente na região conhecida como Canal de Maré do Furo do Meio. Foram realizados levantamentos hidrodinâmicos, medições das propriedades físico-químicas das águas, coleta de sedimentos superficiais, topográficos e quantificação da taxa de sedimentação. Como demonstrou o presente estudo o canal de maré apresentou um fluxo bidirecional bem definido, entretanto na área vegetada pelo mangue apresentou fluxo sem padrão de direção definido, logo a variação dos valores de velocidade de corrente em ambas as unidades morfológicas variaram de acordo com a sazonalidade. A média da concentração de sólidos em suspensão (CSS), entre os meses de março a setembro, mantevese em torno de 400 ppm no canal. Quanto à planície de maré dominada por floresta de mangue, obtivemos média de aproximadamente 21.000 ppm, enquanto que no mês de dezembro esses valores foram inferiores aos registrados nos meses anteriores, onde a máxima CSS no canal foi em torno de 270 ppm e no mangue foi de 1000 ppm. Não houve uma relação direta da CSS entre canal e o manguezal. A elevada CSS no manguezal está associada à remobilização do próprio sedimento na entrada da maré nesta área, não ocorrendo o significativo aporte sedimentar do manguezal para o canal. Alterações da cota topográfica corroboraram com valores adquiridos nas medições dos trapeadores e a variação das classes texturais dos sedimentos entre silte fino e areia fina estão associadas à variação sazonal da hidrodinâmica.