Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
CARVALHO, Marcia da Silva
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Orientador(a): |
PAIXÃO, Carlos Jorge
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11433
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Resumo: |
O estudo discute o deslocamento dos letramentos sociais e escolares na Amazônia encharcada de simbologias e saberes que presentificam-se na oralidade de seus moradores das Ilhas de Paquetá, Ilha Longa e Ilha Nova e na Unidade Pedagógica do Jamaci distrito de Icoaraci Belém/PA. É o letramento das águas. Os diálogos conceituais em que se evidenciam essas ondulações estão aportados em Bhabha (2013), Gerrt (1989,2014), Eagleton (2011) encharcado de hibridismos e teias culturais, a relação entre processos de escolarização e cultura vivida dos ribeirinhos estão nas maresias trazidas por Brandão (1985, 1986) e pelo devir das águas, deslizando letramentos sociais e escolares, invocando aprendizados e leitura de mundo dos alunos, como abordam Freire (1980,1987, 1989,1996, 2004), Soares (1986, 2008, 2010), Street (2014). A cultura em seus diferentes lugares movimenta letramentos, entrelaçando-se à cultura vivida dos ribeirinhos ondulando harmonias e desarmonias insulares. A pesquisa etnográfica partiu das vozes dos moradores da Ilha de Paquetá, Ilha Longa e Ilha Nova, trabalhadores e alunos da Unidade Pedagógica do Jamaci, anexo da Fundação Escola Bosque, situada no Igarapé do Jamaci. A abordagem qualitativa serve de referência a este estudo em seu formato etnográfico, tendo como instrumentais investigativos entrevistas semiestruturada, narrativas, material fotográfico e a observação participante, partindo da leitura das vozes expressas nas narrativas dos sujeitos. Neste sentido, como problematização, trazemos o seguinte questionamento central: Até que ponto o letramento social resultado da experiência vivida dos ribeirinhos está conectada com o letramento escolar relacionado ao processo de escolarização na Unidade Pedagógica do Jamaci? Como resultado do estudo verificou-se que as experiências vividas pelos ribeirinhos criam conexões com as vivências escolares, onde a sua cultura vivida através do seu cotidiano vai dialogando com a escola, concluindo-se então que não há como letrar sem estes elementos culturais do cotidiano ribeirinho, sem que o letramento social transborde na escola, sem reconhecer as diversas manifestações socioculturais e religiosas que dão forças para a vida comunitária e a sustentabilidade possível por entre experiências singulares e insulares. Assim, a relevância do estudo consiste em considerar sempre o ir e vir das águas, desobscurecendo a cultura vivida amazônica e identificando-a nos discursos, nos currículos e nos processos de letramento minimizando a invisibilidade do povo das águas e todo seu potencial cultural. |