Sustentabilidade da produção madeireira de Goupia glabra Aubl. (cupiúba) na Amazônia brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: VIEIRA, Sabrina Benmuyal lattes
Orientador(a): FERREIRA, Joice Nunes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Museu Paraense Emílio Goeldi
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12258
Resumo: A sustentabilidade da produção de madeira de florestas naturais é um assunto de grande debate. A preocupação em ter disponível continuamente os recursos naturais, principalmente, madeiras de espécies de valor no mercado, tornou-se um desafio para o manejo. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de analisar a dinâmica de crescimento em seis áreas experimentais de manejo florestal monitoradas na Amazônia brasileira e discutir sobre a capacidade de recuperação da espécie, em 35 anos, de maneira a subsidiar estratégias para um manejo florestal sustentável da espécie. Para compor este estudo, foram utilizados dados de inventário florestal contínuo, de seis áreas experimentais, da Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas na Amazônia – Redeflor, monitoradas pela Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Amazônia Ocidental, localizadas em três estados da Amazônia brasileira: Pará (n = 4), Amapá (n = 1) e Amazonas (n = 2). No estudo, foram analisados os seguintes parâmetros: densidade de árvores (arv.ha-1), área basal (m².ha-1), mortalidade (arv.ha-1 e %.ano-1), recrutamento (arv.ha-1 e %.ano-1) e incremento periódico anual em diâmetro (IPAd). A partir dos parâmetros de dinâmica analisados foi obtida a taxa de recuperação das árvores (%.arv) com DAP ≥ 20 cm capazes de alcançar o diâmetro permitido pela norma de manejo (DAP ≥ 50 cm), em 35 anos. As árvores de G. glabra com DAP ≥ 20 cm apresentaram densidade natural distinta entre as áreas, com variação de 0,8 a 5,5 arv.ha-1, ocupando uma área basal de 0,343 a 1,814 m².ha-1. A dinâmica de mortalidade e recrutamento, mesmo após 31 anos de monitoramento, evidenciou que a espécie não recuperou a densidade e dominância após à colheita. O IPAd, entre os sítios monitorados, variou de 0,19±0,27 a 0,93±0,55 cm.ano-1, na qual as árvores de menor diâmetro (DAP 20-49,9 cm) apresentaram as maiores taxas crescimento. A recuperação do estoque de árvores com DAP ≥ 50 cm foi em média 28%, embora constatada uma alta variação entre as áreas manejadas. A estimativa de uma árvore com diâmetro de 20 cm para atingir o diâmetro de corte (DAP ≥ 50 cm) necessita de aproximadamente 83 anos. A constatação da não recuperação do estoque original de árvores de G. glabra, em 35 anos, requer um manejo diferenciado do modelo vigente, com maior intervalo de tempo entre colheitas, considerando a dinâmica de crescimento da espécie na área manejada.