Propriedades espaciais das respostas isoladas de cones L e M ao eletrorretinograma: implicações sobre a atividade das vias visuais paralelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: JACOB, Mellina Monteiro lattes
Orientador(a): GOMES, Bruno Duarte lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7992
Resumo: Foi estudada a organização espacial dos sinais de cones L e M ao eletrorretinograma (ERG), refletindo a atividade das vias pós-receptorais magno e parvocelular. Para tal, foram criados estímulos senoidais que isolavam as respostas de cones L e M e que eram emitidos por um estimulador que utilizava quatro primárias de LED, permitindo que fosse aplicado o paradigma da tripla substituição silenciosa. As frequências temporais utilizadas foram de 8 e 12 Hz, para refletir a atividade de oponência de cones, e 30, 36 e 48 Hz para refletir a atividade de luminância. As respostas de eletrorretinograma foram registradas com estímulos que alcançavam todo o campo visual (campo total) e por estímulos que variavam em configuração espacial, entre estímulos circulares e anelares com diâmetros diferentes. Os resultados obtidos confirmam a presença de dois mecanismos de resposta diferentes a estímulos com frequências temporais intermediárias e altas. As respostas de ERG medidas em frequências temporais altas dependeram fortemente da configuração espacial de estimulação. Nas condições registradas com campo total (Full-field electroretinogram, FF), as respostas de cones L foram substancialmente maiores do que as respostas de cones M na mesma condição, e do que as respostas de cones L a estímulos menores. Já as respostas de cones M aos estímulos com campo total e com diâmetro de 70º, apresentaram valores de amplitude similares. As respostas de cones L e M medidos com frequências temporais de 8 e 12 Hz, apresentaram amplitudes similares, e estavam aproximadamente em contra-fase. As amplitudes foram constantes para a maioria das configurações de estimulação. Os resultados indicaram que, quando as respostas de ERG refletem a atividade de luminância, elas estão correlacionadas positivamente com o tamanho do estímulo. Além de 35º de excentricidade retiniana, a retina contém principalmente cones L. Estímulos pequenos são suficientes para obter respostas máximas de ERG em frequências temporais intermediárias, onde o ERG é sensível também ao processamento de oponência de cones.