Investigações tectônicas no embasamento da sub-bacia do Jandiatuba (bacia do Solimões)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: VEGA SACASA, Roberto de Jesus lattes
Orientador(a): COSTA, João Batista Sena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14920
Resumo: Através deste trabalho buscou-se o entendimento do arcabouço estrutural da crosta continental da porção ocidental da Bacia do Solimões denominada de Sub-bacia do Jandiatuba. Com esse enfoque, caracterizou-se a natureza dos sistemas estruturais do embasamento e do intraembasamento da bacia com base na geometria e profundidade dos refletores. A análise das seções sísmicas convencionais, utilizadas na prospecção de petróleo, e de três versões de um perfil sísmico profundo, com registros de 15 a 19 segundos (tempo duplo), proporcionou a definição dos seguintes elementos estruturais. (a) falhas inversas no pacote sedimentar da sub-bacia do Jandiatuba; (b) zonas de falhas que mergulham seguindo um padrão na forma de rampas, podendo ser relacionadas a zonas de cisalhamento ou retroempurrões, sobretudo na crosta superior; (c) descolamentos que permeiam a crosta e se projetam na interfase crosta-manto; (d) imbricações nos intervalos médio e inferior da crosta dúctil expressos através de assinatura fortemente anastomótica; (e) “transparência” sísmica da crosta superior rúptil evidenciada pela ausência de refletores, além de lentes “transparentes” nos níveis crustais mais profundos; (f) a descontinuidade do Moho caracterizada por vários feixes anastomóticos de refletores, pela diferenciação de refletividade e pelo decréscimo de amplitude e freqüência no intervalo de 38 a 45 Km. A análise do acervo de resultados dos diferentes programas existentes nos vários continentes sobre sísmica de reflexão profunda (COCORP, BIRPS, DEKORP e ECORS), ajudou na interpretação do conjunto de refletores e foi fundamental para a comparação e correlação entre as diversas assinaturas sísmicas. A complexidade do quadro de assinaturas sísmicas desse segmento crustal da Amazônia foi relacionado principalmente com a geometria de sistemas estruturais de cinturões de cavalgamento e transcorrentes, assim como de bacias extensionais. Em outras palavras, identificaram-se arranjos sísmicos decorrentes da atuação de regimes compressivo, direcional e extensional. O arcabouço estrutural definido foi discutido através de três modelos que consideram compressão e imbricação no Pré-Cambriano, distensão no início do Paleozóico e transpressão no Jurássico. Portanto, a região da sub-bacia do Jandiatuba corresponde a um segmento crustal que experimentou pelo menos três movimentações tectônicas principais durante a sua evolução geotectônica.