Vulnerabilidade socioambiental diante da ação do mar na zona costeira de Salinópolis-Pará-Amazônia
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11847 |
Resumo: | Apresentação: Amazônia possui extensa Zona Costeira, com aproximadamente 3.044 km, ocupando 35% do litoral brasileiro, com grande parte da Orla em diferentes níveis de vulnerabilidade física. Objetivo: Esta Tese tem como objetivo analisar a vulnerabilidade física à ação do mar, os impactos socioambientais e as estratégias de adaptação relacionados na Orla costeira do Município de Salinópolis, localizado no Litoral Norte, setor de reentrâncias Pará-Maranhão da Zona Costeira Amazônica. Metodologia: A Orla foi subdividida em sete subsetores, de acordo com os critérios do Projeto Orla e características fisiográficas e topográficas. Dois índices gerais de vulnerabilidade foram determinados: Índice de Vulnerabilidade a ação energética do mar e o Índice de Vulnerabilidade à elevação do nível do mar (IVC). Para a determinação dos dois índices, usou-se as seguintes variáveis: geológicas, geomorfológicas, declividade da costa, cota topográfica, altura de onda, amplitude de maré, variação da linha de costa, variação do nível do mar atual, utilizando séries temporais e futura, com base no cenário RCP8.5 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Foram aplicados questionários à população e às principais Secretarias Municipais. Os mapas foram confeccionados utilizando imagens orbitais dos anos de 1984, 1994, 2000, 2001, 2004, 2015 e 2016, imagens SRTM e aerolevantamento, processados no ArcGis 10.3. A análise estatística foi realizada no programa Statistical Analysis Software SAS 9.4. Os dados socioeconômicos foram extraídos dos setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ano 2010. Resultados: cinco setores apresentaram índices Muto Alto e dois Moderado à ação energética do mar. O índice de vulnerabilidade atual à elevação do nível do mar demonstrou três setores da Orla com Baixo, dois em Moderado e dois em Alto. No IVC futuro, cinco setores apresentaram índices Muito Alto, um Alto e um Baixo. Em cenério de um metro de elevação do mar, os principais sistemas ambientais serão afetados, praias, manguezais, dunas, falésias, bem como a população mais vulnerável sofrerão maiores impactos. A aplicação dos questionários demonstrou que a população local consegue identificar os principais impactos e possui suas próprias estratégias de adaptação. A prefeitura não possui no Plano Diretor, nem as secretarias apresentam mecanismos de contenção, intervenção e adaptação de impactos advindos de uma possível subida do nível do mar. Conclusão: os elevados índices de vulnerabilidade da ação energética do mar têm provocado erosão ao longo da orla. O cenário de impactos da elevação do mar sobre a orla de Salinópolis requer aplicação de políticas públicas eficientes de adaptação da população mais vulnerável socialmente. |