Beneficiamento de uma argila tipo palygorskita da Bacia de São Luis-Grajaú, região de Alcântara (MA) e sua utilização como adsorvente de fósforo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ARRUDA, Gabriela Monice lattes
Orientador(a): NEVES, Roberto de Freitas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11736
Resumo: A estimativa de participação dos minerais industrias no Brasil é de cerca de 70% do Valor de Produção Mineral Nacional. Esses minerais são importantes devido suas diversas aplicações. Entre eles, no grupo dos argilominerais, pode-se destacar a palygorskita, que apresenta os requisitos necessários para fazer parte do grupo das argilas especiais, já que é de ocorrência restrita. Desta forma, novas ocorrências deste mineral merecem destaque e estudos mais aprofundados. Somando-se a isto, há o fato de na Região Amazônica, assim como em grande parte das áreas das zonas tropicais e temperadas, a acidez ser um importante fator de degradação dos solos e representar um dos grandes problemas enfrentados pela agricultura. Os solos ácidos apresentam várias limitações, o que compromete o uso de nutrientes, tornando necessária a adição de fertilizantes, visando sempre sua máxima eficiência. Neste contexto, este trabalho utilizou uma amostra proveniente da Bacia de São Luis-Grajaú, estado do Maranhão, que consiste numa mistura onde há predominantemente palygorskita e dolomita, abordando a existência desta nova ocorrência, sugerindo um método de beneficiamento e sua aplicação como adsorvente de fósforo, já que a dolomita funciona como corretor de solos, enquanto a palygorskita tem a função de carreador de nutrientes. Primeiramente, foi realizada a caracterização química e mineralógica, por meio de DRX, FRX, MEV e separação das frações de areia, silte e argila. Foram ainda realizados ensaios de decantação e ensaios de adsorção de fósforo, com determinação da curva cinética. Após a análise da DRX, pode-se afirmar que a amostra é constituída principalmente de palygorskita e dolomita, apresentando também, ilita, clorita e quartzo. Também foi possível perceber que os diferentes tipos de desagregação utilizados não apresentaram diferenças significativas nos difratogramas das amostras. Quanto à separação areia-silte-argila, apesar de se basear somente na granulometria do material, apresentou uma eficiência razoável na separação do material, assim como os ensaios de decantação, onde percebeu-se que após um período de 24 horas, a dolomita praticamente desapareceu do sobrenadante. A determinação da curva cinética de adsorção mostrou que o período de 2 horas não é suficiente para que haja a adsorção do fósforo, sendo necessárias 24 horas para atingir o equilíbrio da reação. Os ensaios de adsorção de fósforo mostraram eficiência acima de 91% do fósforo inicialmente presente na solução e o valor máximo adsorvido por grama da amostra foi de 0,607 mg. A correlação com os modelos de isotermas de adsorção estudados, mostrou melhor resultado para a isoterma de Langmuir-Frendlich, com coeficiente de correlação 0,9993, o que pode ser atribuído ao fato da adsorção ocorrer em mais de uma camada.