Aspecto tectôno-sedimentares do fanerozóico do nordeste do estado do Pará e noroeste do Maranhão, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: IGREJA, Hailton Luiz Siqueira da lattes
Orientador(a): FARIA JUNIOR, Luis Ercílio do Carmo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7659
Resumo: Este trabalho representa a primeira tentativa de uma síntese evolutiva dos aspectos tectono-sedimentares do Fanerozóico do nordeste do Pará e do noroeste do Maranhão. As características geológicas da área estão relacionadas a dois núcleos ígneos e metamórficos pré-cambrianos (Cândido Mendes e Gurupi) e a duas bacias sedimentares fanerozdicas (Bragança-Viseu e São Luís). Foram definidas as seguintes seqüências sedimentares: Pi-(Cambro-Ordoviciano - Siluriano); Itapecuru Inferior (Cretáceo Inferior); Itapecuru Superior (Cretáceo Superior); Pirabas-Barreiras (Oligo-Mioceno - Plioceno); Pará (Quaternário). Para elaborar a evoluo tectono-sedimentar do Fanerozóico da área foram implementados estudos tert8nicos, que subsidiados por interpreta4es de dados gravimétricos, magnetométricos, sísmicos e de poços, facilitaram uma melhor delineação das seqüências sedimentares e forneceram os principais elementos do arcabouço estrutural das bacias. As propriedades sedimentares e tectônicas da seqüência Piriá-Camiranga são compatíveis com um modelo tectono-sedimentar constituído de ambiente marinho litorâneo sob influência flúvio-glacial, desenvolvido num conjunto de blocos escalonados componentes de um sistema direcional. Este estágio evolutivo da área foi geneticamente relacionado ao paroxismo Paleozóico Eo-herciniano, que finalizou com o fechamento do Atlântico I, representando, assim,o primeiro ciclo geotectônico do continente Gondwana. As seqüências Itapecuru Inferior e Superior, Pirabas-Barreiras e Pará, por estarem associadas à abertura do Atlântico Equatorial, a partir do Mesozóico, foram alvos de intensos estudos, que resultaram nos seguintes modelos tectono-sedimentares: 1) Modelo das zonas de fraturas; 2) Modelo da rotação anti-horária do continente Africano; 3) Modelo de intumescência e fraturamento; 4) Modelo de cisalhamento; 5) Modelo da rotação horária da placa Sul-Americana; 6) Modelo de transcorrência. Estes modelos foram testados na região de estudo, embora confirmem o sincronismo e a equivalência ambiental das seqüências acima com aquelas constituintes das fases "rift" e "pós-rift" das bacias da faixa equatorial brasileira, não são plenamente aplicáveis com relação aos aspectos tectônicos. O modelo aqui apresentado para geração e evolução das bacias, preconiza um mecanismo simples de distensão NE-SW, resultando em dois grandes semigrábens com polaridades similares para Bragança-Viseu e São Luís. A carta tectono-sedimentar proposto para o Fanerozóico do nordeste do Pará e do noroeste do Maranhão demonstra que os modelos deposicionais e tectónicos das seqüências são compatíveis com dois períodos de abertura continental na borda norte do continente Gondwana.