Evolução geológica, estrutural e termotectônica da região entre Ouro Fino e Pouso Alegre, sul de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7043 |
Resumo: | A área estudada localiza-se a sudoeste do Estado de Minas Gerais, na região de Borda da Mata, abrangendo metade das folhas Borda da Mata e Ipuiuna 1.50:000, tendo como foco principal o corredor que ocorre entre as nappes Socorro e Guaxupé (NSG), onde ocorrem rochas do grupo Itapira (Orosiriano a Estateriano) e do seu embasamento, representado pelo Complexo Pouso Alegre (Riaciano). Esta área está inserida no contexto do Orógeno Brasília Meridional, com interferência de estruturas do Orógeno Ribeira Central, de maneira que a região estudada faz parte da Zona de Interferência entre esses orógenos. A partir do mapeamento em escala 1.25:000, foram reconhecidos dois domínios com litotipos distintos: Domínio Inferior constituído por uma sequência metavulcanossedimentar, equivalente ao Grupo Itapira, composta, da base para o topo por rochas metabásicas a intermediárias (Anfibolito, Ultramáfica e Hornblenda-Biotita Gnaisse); (Granada) Biotita Gnaisse quartzoso com intercalações de anfibolito, quartzito feldspático e escasso gondito; Muscovita Quartzito feldspático com intercalações de anfibolito, gondito e (Sillimanita) Biotita Xisto; Quartzo-Sericita xisto/filito; (Sillimanita) Biotita Gnaisse/Xisto com intercalações de Grafita Gnaisse e escassos corpos de anfibolito e quartzito feldspático. Esta sequência está assentada sobre rochas ortoderivadas do Complexo Pouso Alegre, representado pelas unidades Biotita Ortognaisse Migmatítico e (Hornblenda) Ortognaisse porfirítico. Localmente as rochas do Grupo Itapira são intrudidas por diques de metagranito hololeucocrático correlacionado ao metagranito Taguar (Estateriano). O Domínio Superior é representado pelas nappes Guaxupé (norte) e Socorro (sul), composto por rochas de protólito ígneo, correspondente principalmente a Ortognaisse (mega)porfirítico dos batólitos Pinhal-Ipuiuna e Serra da Água Limpa (ambos Criogeniano), e Gnaisse Charnockitico hololeucocrático na base. Nestas rochas há registros de 3 eventos metamórficos e, ao menos, 3 fases deformacionais dúcteis. O metamorfismo (M1) mais antigo (Riaciano/Orosiriano) está registrado apenas nas rochas do embasamento do Grupo Itapira, gerando fusão parcial em ortognaisses do Complexo Pouso Alegre. O metamorfismo principal (M2) ocorre em todas as rochas acima descritas, em condições de fácies anfibolito médio a alto e pressões intermediárias, no campo da sillimanita. Este metamorfismo é contemporâneo à principal fase de deformação (Dn), que gera dobras isoclinais e zonas de cisalhamento de empurrão oblíquas com movimento de topo para ENE, e colocam as rochas das NSG sobre as rochas do Grupo Itapira e do Complexo Pouso Alegre, associado a estágio colisional (limite Criogeniano/Ediacariano) da porção sul do Orógeno Brasília. O terceiro metamorfismo (M3) ocorre localmente em fácies anfibolito baixo a xisto verde, em zonas de cisalhamento do Cinturão de Cisalhamento Ouro Fino (CCOF). Este cinturão é composto por 9 zonas de cisalhamento com orientação E-W a NE-SW, apresentando movimentação oblíqua principalmente destral, com domínios transpressivos e transtensivos, localmente interconectadas por zonas de cisalhamento de menor porte, compondo um padrão anastomosado regional. A estas zonas estão associadas dobras fechadas a apertadas com eixos subparalelos a lineação de estiramento, com vergência para NW, sendo estas geradas na fase deformacional Dn+1. O CCOF é produto de uma compressão NW-SE, associada ao estágio colisional (Ediacariano) do Orógeno Ribeira. |