Quebradeiras de coco babaçu no Médio Mearim, Estado do Maranhão: (re)construindo identidades e protagonizando suas histórias em defesa de patrimônios coletivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LINHARES, Anny da Silva lattes
Orientador(a): PORRO, Noemi Sakiara Miyasaka lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
Departamento: Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13392
Resumo: Na Amazônia, o advento de “novos” movimentos sociais objetivados em identidades coletivas têm demostrado transformações na organização política dos chamados povos e comunidades tradicionais. Após a experiência de luta pela não derrubada das palmeiras de babaçu e pelo direito a terra no final dos anos de 1980, mulheres agroextrativistas mobilizadas, passam a se posicionar na esfera política constituindo suas próprias organizações representativas, reivindicando direitos baseados no reconhecimento dos modos intrínsecos de “criar”, de “fazer” e de “viver” deste grupo e acionando processualmente a identidade coletiva quebradeira de coco babaçu. Portanto, esta dissertação tem como objetivo analisar o processo de (re)construção da identidade coletiva quebradeira de coco babaçu, verificando sua associação com a constituição do patrimônio cultural, com ênfase em seu atual estágio. A pesquisa foi desenvolvida no Povoado de Ludovico, localizado na zona rural do Município de Lago do Junco, Estado do Maranhão, onde verificou-se que a identidade social e política das quebradeiras de coco está fundada na luta pela preservação dos babaçuais e nos saberes e fazeres herdados, que constituem seu patrimônio cultural construído na experiência vivida no passado e atualizado no tempo presente, contexto em que a experiência das crianças e jovens, filhos e filhas de quebradeiras de coco, também estão trazendo novos questionamentos sobre a ressignificação da identidade coletiva e dos patrimônios sob os quais a mesma se edifica