Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Milena Marília Nogueira de
 |
Orientador(a): |
SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
|
Departamento: |
Instituto de Geociências
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14693
|
Resumo: |
A zona costeira do estado do Maranhão concentra aproximadamente 30% da população do estado, em um espaço com vastos serviços e atividades humanas, dentre as quais destaca-se a atividade portuária desenvolvida no Porto de Itaqui. A principal ameaça referente a esta atividade está associada ao derramamento de óleo e derivados, devido processos de limpeza, transporte e estocagem. Este trabalho tem como objetivo mapear a sensibilidade ambiental das unidades de paisagens, assim como a vulnerabilidade social da área residencial sob influência do Porto de Itaqui, a fim de apontar áreas prioritárias para ação de contingência e recuperação. Para tal, dados de sensores remotos de alta resolução, de cartografia digital e sócio-econômicos foram coletados e analisados a partir de um Sistema de Informação Geográfica. Os dados sócio-econômicos foram, primeiramente, analisados a partir da estatística descritiva e através da Análise de Correspondência. Posteriormente, três variáveis (relação com a pesca, escolaridade e renda) foram utilizadas para gerar o Índice Composto de Vulnerabilidade, utilizado na elaboração do mapa de vulnerabilidade social. Como resultado, foram identificados 4 domínios e 21 unidades de paisagens, assim como seus respectivos índices de sensibilidade ambiental (ISA): Planalto Costeiro (Tabuleiro Costeiro, Linha de falésia ativa – ISA 3B, Linha de falésia inativa – ISA 8A, Plataforma de Abrasão – ISA 1C, Lagos intermitentes); Planície Costeira (Canal Estuarino, Manguezal – ISA 10D, Planície de Supramaré Arenosa, Planície de Maré Arenosa e Bancos Arenosos/Lamosos – ISA 7, Escarpas protegidas em leitos sedimentares (paleofalésias) - 8A, Planície de Maré Lamosa – ISA 9A, Planície de Maré Lamosa Vegetada – ISA 9B); Planície Litorânea (Praia – ISA 3A, Escarpas expostas com declives íngrimes em areia -3B, Paleoduna); e Sistema Antropogênico (Área Residencial, Área Industrial, Área Militar, Lagos Artificiais e estruturas artificiais – ISA 1B). A partir da análise de correspondência foi possível perceber as relações existentes entre as variáveis Pesca vs. Bairros e Escolaridade vs. Renda mensal. Enquanto a análise sócio-econômica quando realizada no SIG permitiu a construção do mapa de vulnerabilidade social. Este mapa mostrou que os locais de alta vulnerabilidade correspondem aos bairros Vila Nova (Ponta do Bonfim), Alto da Esperança (Tamancão) e Alto da Esperança (Residencial Ana Jansen), topograficamente mais baixos e sujeitos a inundação, de ocupação mais recente, composta por pessoas que tem relação direta com pesca, e possuem baixa renda e baixa escolaridade. Por outro lado, a área de baixa vulnerabilidade é representada pelo bairro Anjo da Guarda que é mais central, topograficamente mais alto, situado ao longo do eixo da Av. José Sarney, sendo ocupado por pessoas de mais alta renda e escolaridade, que não apresentam relação com a pesca. Portanto a contribuição desse trabalho é a utilização de imagens de alta resolução para mapeamentos em escala de detalhe utilizando dados sócio-econômicos e do meio físico a fim de obter mapeamentos de sensibilidade ambiental e de vulnerabilidade social. É possível concluir que as áreas de alta vulnerabilidade social estão nas áreas periféricas do tabuleiro costeiro, às margens dos manguezais (ISA 10D), onde a prática da atividade pesqueira é imprescindível como tradição e geração de renda. |