Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
CASTRO, Avelina Oliveira de
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Orientador(a): |
MOTTA-MAUÉS, Maria Angelica
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15394
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Resumo: |
A presente tese identifica e interpreta, antropologicamente, narrativas e vivências de “circulação” e de “entrega” de adolescentes do gênero feminino, acerca da sexualidade, construídas no cotidiano, no município de Breves, no Marajó. Trata-se de uma etnografia que foi realizada entre os anos de 2016 e 2020, na sede do referido município, utilizando como metodologia, a observação direta e participante. A pesquisa contemplou como interlocutores principais 36 pessoas, sendo 26 mulheres e 10 homens, além de ter ouvido em dinâmicas de rodas de conversa outros 26 adolescentes – 15 meninas e 11 meninos – e mais 18 crianças de escolas públicas de ensino do município, além de diversos moradores com os quais houve convivência, observações e escuta ao longo dos períodos de realização da pesquisa de campo no local. A partir de referenciais teóricos do feminismo e dos estudos de colonialidade foi observado e analisado dentro do processo de circulação, alargado nesta tese, o movimento de entrega, não só de “crias de família”, como também o de entrega das adolescentes para o casamento. Os dois movimentos – e rituais – de entrega possibilitam visualizar relações atravessadas por reflexos da colonização brasileira, observados, tanto em uma espécie de “cultura da escravidão”, como também por relações de colonialidade, em todas as suas dimensões, assim como de gênero, uma vez que essas dinâmicas são, predominantemente, com as meninas, em um processo que as objetifica, mas no qual também se observa ações delas no sentido do enfrentamento e resistência às opressões vividas. |