Estudo dos manguezais degradados da costa oeste da Flórida durante os últimos 20 anos baseado em imagens de satélite e dados Lidar.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CARDENAS RUIZ, Diana Paola lattes
Orientador(a): COHEN, Marcelo Cancela Lisboa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16383
Resumo: O Golfo de México tem um dos mais longos cinturões de manguezais, ocorrendo ao longo da costa sudoeste da Flórida. A faixa contínua dessas florestas tem uma área aproximada de 2200 km2. Estressores naturais como furacões e tempestades, além de outros fatores de origem antrópica como derramamentos de petróleo ou poluição podem provocar o processo de “dieback” do manguezal. Esse fenômeno ocorre quando as florestas de manguezal experimentam uma perda no dossel que pode levar ao declínio ou morte das árvores. Os efeitos posteriores ao “dieback” ocasionalmente deixam uma cicatriz de degradação no manguezal. No último século, com o desenvolvimento urbano no sudoeste da Flórida, os efeitos negativos do “dieback” parecem estar ganhando perenidade. O presente estudo identificou as possíveis causas da permanência da degradação dos manguezais associada ao “dieback” durante as últimas duas décadas. Para identificar essas causas, foi utilizada a seguinte metodologia: a) classificação da cobertura vegetal ao longo da costa oeste da Flórida; b) identificação de pontos de “dieback” em imagens de satélite de alta resolução; c) análise espaço-temporal das áreas de “dieback” e d) modelos digitais de elevação da superfície e da altura da vegetação. Foram encontrados 86 pontos de “dieback” (PD) que se agruparam em 6 regiões: Crawl Key, Key West, Marco Island, Pine Island, Charlotte e Terra Ceia. 75% dos PD apareceram entre o 2004 e 2007 coincidindo com a atividade de furacões. Em 2020 a área total de “dieback” no sudoeste da Flórida foi de 119,69 ha. Para os períodos de 2014-2016 e 2009-2011 as áreas de “dieback” registram valores de 116,47 e 127,89 ha respectivamente, evidenciando uma dinâmica de regeneração e degradação. Os modelos digitais do terreno para Pine Island e Marco Island mostraram mudanças na altura da planície de maré com variações entre -2 até 45 cm. Essas variações podem estar ligadas à: processos de sedimentação, dissolução dos carbonatos na planície de maré ou ao colapso da turfa associada ao solo do manguezal. As árvores de manguezal apresentaram uma redução em sua altura depois da passagem dos furacões, particularmente nos PD. Considerando os PDs que apresentaram regeneração, esse processo foi lento deixando uma cicatriz com exposição da planície de maré. Esse estudo revelou uma relação direta entre os furacões e o surgimento de “dieback”.