O aterro sanitário de Marituba: estimativa e dispersão das emissões de biogás e a percepção da mudança da qualidade do ar pela população do entorno.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12245 |
Resumo: | Os Resíduos Sólidos Urbanos em aterros e lixões são uma importante fonte antropogênica de Gases de Efeito Estufa, principalmente o Metano (CH4), que possui alta capacidade de reter calor na atmosfera. Na Central de Processamento e Tratamento de Resíduos Sólidos (CPTR) Marituba localizada na Região Metropolitana de Belém, Pará, foi estimada a geração de metano atual e futura a partir do ano 2015 através do modelo do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) considerando uma data mínima de operação de 15 anos. O aterro deverá gerar durante sua história em torno de 610 mil toneladas de CH4, das quais aproximadamente 95% serão emitidas nos próximos anos. Considerando o potencial de aquecimento global do metano que é 28 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2), ao longo dos anos, o não aproveitamento deste gás gerará uma quantidade equivalente a 17 milhões de toneladas de dióxido de carbono. A dispersão do gás metano como traçador de outros gases e odores gerados na CPTR Marituba utilizando um modelo de dispersão gaussiana mostra que no período noturno (18:00-06:00) a acumulação dos gases é maior na área circundante ao aterro e causa desconfortos na população validando esta informação com os resultados das entrevistas aos moradores da área circundante dos municípios de Ananindeua e Marituba, que sofrem maiores incômodos a causa dos maus odores neste mesmo período noturno. Os resultados desta pesquisa devem ser levados em conta na definição de políticas públicas para a localização de novos aterros sanitários e na implementação de ações para mitigar o impacto negativo dos aterros existentes. Apesar da relevância da temática abordada nesse trabalho, estudos sobre a geração e dispersão dos gases assim como o impacto na população circundante em aterros na Região Amazônica são escassos na literatura, portanto este trabalho acrescenta às pesquisas, a compreensão a respeito dos aterros e seus impactos na Amazônia assim como também o aproveitamento do biogás. |