Efeitos de histórias experimentais e de justificativas sociais sobre o comportamento de seguir e não seguir regras em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SOUSA, Lorena de Medeiros lattes
Orientador(a): PARACAMPO, Carla Cristina Paiva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11090
Resumo: O presente estudo objetivou investigar o efeito de justificativas sociais sobre a ocorrência do comportamento de seguir e não seguir regras em crianças, quando foi construída uma história experimental de reforço para seguir regra correspondente e uma história experimental de reforço para não seguir regra. Vinte crianças entre sete e nove anos de idade foram expostas a um procedimento de escolha segundo o modelo, cuja tarefa consistia em tocar um de dois estímulos de comparação na presença de um estímulo contextual. Os participantes foram distribuídos igualmente em quatro condições experimentais, constituídas de quatro fases cada uma. Nas Condições I e II as Fases 1, 2 e 4 eram iniciadas com a apresentação de instruções correspondentes as contingências de reforço programadas, cujo comportamento de segui-las produzia o ganho de fichas trocáveis por brinquedos e o comportamento de não segui-las produzia a não obtenção de fichas. A Fase 3 era iniciada com a apresentação de uma instrução correspondente que continha uma justificativa para a não emissão das respostas especificadas na instrução. As duas condições diferiam apenas com relação ao tipo de justificativa apresentada na Fase 3. Na Condição I era apresentada uma justificativa para ajudar crianças carentes e na Condição II uma justificativa que envolvia aprovação do experimentador. Nas Condições III e IV as Fases 1, 2 e 4 eram iniciadas com a apresentação de instruções discrepantes das contingências programadas cujo comportamento de segui-las produzia perda de fichas e o comportamento de não seguilas evitava a perda de fichas. A Fase 3 era iniciada com a apresentação de uma instrução correspondente que continha uma justificativa para seguir a instrução que produzia perda de fichas. As duas condições diferiam apenas com relação ao tipo de justificativa apresentada na Fase 3. Na Condição III era apresentada uma justificativa para ajudar crianças carentes e na Condição IV era apresentada uma justificativa que envolvia aprovação do experimentador. Os resultados mostraram que, dos 20 participantes, o comportamento de 17 ficou sob controle da história experimental de reforço para o seguir e não seguir instrução e das conseqüências imediatas produzidas pelo comportamento de seguir e não seguir instruções (ganhar ou evitar perda de fichas), enquanto que o comportamento de dois participantes (Condição II) ficou sob controle da justificativa social (aprovação do experimentador) apresentada para a emissão de um comportamento alternativo ao que produzia fichas e o comportamento de um terceiro participante (Condição III) ficou sob controle da justificativa social (ajudar os outros) para o seguir instrução correspondente, que produzia perda de fichas. Esses resultados apóiam tanto a proposição de que regras são seguidas devido a uma história em que o seguir regra foi reforçado e o não seguir foi punido, quanto à proposição que afirma que regras são seguidas, em parte, devido à apresentação de justificativas para o seu seguimento e não seguimento.