Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
BRITO, Suellen Lima de
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Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0002-7654-4851 |
Orientador(a): |
VERBICARO, Loiane Prado
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15399
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivo analisar a ética do diálogo proposta pelo filósofo judeu Martin Buber (1923) e o princípio político do comum, formulado pelos autores Pierre Dardot e Christian Laval (2017), como alternativa, para compreender a problemática das relações na sociedade neoliberal contemporânea. Buber em sua obra principal intitulada Eu e Tu (1923), apresenta as duas palavras-princípios que fundamentam nossa existência e são inerentes à condição humana, a saber: o Eu-Tu e o Eu-Isso. A primeira apresenta-se como um relacionamento dialógico, um encontro entre dois seres mutuamente, em caráter ontológico e o segundo como um relacionamento monológico, baseado em experiências, utilização e o uso dos indivíduos como meros objetos, com um caráter objetivante. Dessa forma, se o mundo do Isso predominar e orientar as formas dos homens relacionarem-se levam estes à ruína, pois tais homens perdem-se em seu interior, ou seja, desvinculando-os drasticamente das relações inter-humanas no círculo da convivência dialógica, ocasionando uma profunda perda do sentido de comunidade, solidariedade, com relações mercantilizadas e impessoais, tal como vem se manifestando no modelo de sociedade neoliberal. Considerando esse cenário, o princípio político do comum mostra-se como uma alternativa ao sistema neoliberal de controle, por tratar-se de uma racionalidade coletiva, anticapitalista, uma esfera social comum e pertencente a todos, onde não há a descaracterização da humanidade dos homens. Nesse sentido, o princípio político do comum une-se a perspectiva buberiana no enfrentamento aos desafios que se configuram com o sistema neoliberal. A partir desse diagnóstico, nosso objetivo é elucidar a necessidade de resgatar a dialogicidade das relações na contemporaneidade buscando caminhos possíveis para uma sociedade saudável e humanizada, propondo como alternativa a inspiração da ética do diálogo formulada por Martin Buber juntamente com o princípio político do comum, formulado pelos autores Pierre Dardot e Christian Laval, como uma nova racionalidade anticapitalista mundial onde o imaginário social é uma realidade de práticas coletivas, opondo-se, portanto, a racionalidade neoliberal que mantém seu sistema à custa de uma vivência descaracterizada em nome do sucesso do capital, onde explora, instiga e legitima um sentimento de competição em detrimento da solidariedade e do companheirismo aprofundando o individualismo contemporâneo. Este estudo implica relacionar autores pertencentes a tradições filosóficas distintas por meio de análises de caráter exploratório, filosófico e bibliográfico para demonstrar que diferente do neoliberalismo, a ética do diálogo e o princípio político do comum aspiram para uma vivência saudável e dialógica. |