Estratégias de dominação empresarial e resistências comunitárias na Amazônia maranhense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: CASTRO, Raifran Abidimar de lattes
Orientador(a): CASTRO, Edna Maria Ramos de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10391
Resumo: Esta pesquisa teve como objeto de estudo a relação entre as empresas Vale S/A e Suzano Papel Celulose S/A, com as respectivas comunidades rurais do assentamento Francisco Romão, em Açailândia (MA), e da Reserva Extrativista do Ciriáco, em Cidelândia (MA). Objetivou-se analisar/interpretar as repercussões destas relações nos cotidianos comunitários, e nas formas de atuação corporativa diante dos assentados e das quebradeiras de coco. Para acessar a todos os meandros destas relações adotou-se a teoria dos campos de Pierre Bourdieu como eixo teórico-metodológico; realizaram-se entrevistas com representantes das comunidades e das empresas; complementando com análises documentais e em campo. Identificou-se que as empresas buscam, com suas estratégias de dominação, e utilizando principalmente dos seus capitais financeiro e cultural, ampliar seus poderes sobre as comunidades. A Vale e a Suzano utilizam estes capitais para instaurar uma representação que fortaleça seus poderes corporativos. Em relação aos assentados e às quebradeiras de coco, destaca-se que é preciso fortalecê-los para as lutas políticas, jurídicas, e principalmente simbólicas, considerando-se que identificaram-se demonstrações de resistências às estratégias empresariais. Constatou-se que, mesmo havendo empenho da Vale e da Suzano em aplicar estratégias de dominação, as comunidades têm acesas nas suas práticas as essências das resistências cotidianas na defesa dos seus direitos.