O Sistema oficial de saúde na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SOUZA, Antonio Jorge Ataide lattes
Orientador(a): SIMONIAN, Ligia Terezinha Lopes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10423
Resumo: A Amazônia e fronteira formam uma díade intrigante que aguça a curiosidade de pesquisadores por apresentarem dinâmicas específicas. A fronteira amazônica entre Tabatinga, Benjamin Constant, no Brasil; Letícia na Colômbia; Islândia e Santa Rosa no Peru entram nesta perspectiva por conter variáveis diferentes das encontradas em outros territórios das nações. Nos primórdios desta região os povos que ali viviam formavam uma sociedade, separadas por suas etnias, línguas e costumes. Com a chegada do Estado e por conseguinte do capital na região, a dinâmica da sociedade muda e novos valores são absorvidos pela comunidade amazônica. Portanto, em outros termos, há segregação desta sociedade em brasileiros, colombianos e peruanos, marcados principalmente pelos idiomas de seus colonizadores. Com a complexidade da nova sociedade nesta região, problemas complexos surgem que vão exigir do estado estratégias para solucioná-los. Para tentar compreender esta dinâmica social, fez-se um recorte metodológico pelo campo da saúde oficial, onde se observou que brasileiros, colombianos e peruanos utilizam os sistemas de saúde disponíveis na tríplice fronteira para resolver seus problemas de saúde, desconsiderando as regras impostas pelos respectivos Estados-nação. Através de uma abordagem interdisciplinar e comparativa se obteve informações, que permitiram compreender em parte estas relações sociais, haja vista, a impossibilidade de compreensão da sociedade na sua plenitude. Conclui-se que apesar das forças coercitivas do Estado e do capital que impõe dinâmicas político-administrativas no sentido de segregação sobre as populações que ali vivem, seus laços simbólicos, históricos, culturais destes povos não reconhecem esta segregação e se consideram como povos únicos.