A região transnacional entre Brasil, Colômbia e Peru como escala de análise para a tríplice fronteira
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3981 |
Resumo: | Esta dissertação busca analisar o espaço da tríplice fronteira entre o Brasil, Peru e Colômbia por meio da delimitação de uma região transnacional. O objetivo é demonstrar que as análises feitas em escalas locais (estudo sobre cidades-gêmeas ou pontos da fronteira) e político-territoriais (com limites e fronteiras fixas) não têm retratado de forma adequada a realidade do espaço de fronteira, especialmente ao ignorar o elemento peruano e sua influência. A partir das características naturais, históricas, sociais e econômicas do espaço, foi feita uma delimitação inicial nos três países de espaços sub-regionais que, por afinidade, integrariam uma proto-região transnacional. Em seguida, foi conduzida uma análise sobre diversas redes geográficas originadas no Peru (alimentos in natura, produtos industrializados, chinglings) que atualmente articulam e influenciam a região e o cotidiano de seus habitantes. Após visitas a campo e a verificação da densidade dessas redes geográficas no Brasil, concluiu-se que está ocorrendo a cristalização de uma rede hierarquizada de lugares (rede urbana) polarizada por Iquitos dentro do espaço da região transnacional, que reforça ainda mais a própria unidade regional. Ao final, também foi discutido como, neste espaço regional, o território vem sendo construído: as formas horizontais de produção territorial (redes de fluxos cotidianos, zonais) têm competido e suplantado as formas verticais de produção territorial (poder estatal, instituições, leis e ordens de atores políticos e econômicos extrarregionais). A região transnacional aparece como categoria de análise mediadora entre as redes e fluxos e o território. Dada sua estabilidade, extensão e coesão, é possível analisar o espaço e as relações entre seus atores ultrapassando fronteiras políticas e não se restringindo a momentos ou conjunturas econômicas. Extrapolar as fronteiras e compreender o tecido de relações regionais é necessário para que políticas públicas, ações territoriais e novos trabalhos acadêmicos tenham melhores impactos em regiões fronteiriças. |