Do comum ao privado: as transformações quanto aos principais usos da floresta na Comunidade Santa Maria Assentamento Olho D'Agua II, Município de Moju/PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: MOREIRA, Liliane Freitas Costa
Orientador(a): MOTA, Dalva Maria da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
Departamento: Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13046
Resumo: Neste trabalho analisei as transformações vivenciadas por agricultores familiares quanto ao uso da floresta após a mudança na condição de acesso aos mesmos, qual seja, do uso comum (posseiros) para o uso privado via assentamento de reforma agrária implantado em 2002. Mais especificamente, analisam-se as mudanças associadas à obtenção de caças e a realização das roças, atividades que nas últimas décadas foram essenciais à reprodução social desses agricultores. A pesquisa foi realizada na comunidade Santa Maria, espacializada no assentamento Olho D'Água II, município de Moju, Estado do Pará, durante os meses de maio e julho/2008. A metodologia constou de abordagens qualitativas e quantitativas, tendo como principais procedimentos: revisão de literatura, entrevistas estruturadas e semiestruturadas, observações e levantamento de dados secundários. Os resultados apontam que ocorreram transformações importantes nas dinâmicas de uso dos recursos com a intensificação do cultivo de roças e a diminuição da obtenção de caças devido a: I) grande dificuldade em obtê-Ias, em decorrência das novas condições de acesso privado à terra; e II) aumento demográfico cuja demanda por caça supera em muito a oferta dos animais. Estes fatos têm impulsionado ainda mais a especialização no uso das roças que se constituem, atualmente, na principal fonte de renda e alimento para a sobrevivência e reprodução familiar. Espera-se com este estudo suprir uma lacuna importante quanto aos estudos sobre os assentamentos no Nordeste Paraense e, principalmente, a respeito das relações que uma população local assentada estabelece com a floresta a partir das mudanças no regime de propriedade.