Caracterização estrutural e ambiental de bosques de mangue da costa paraense, como subsídios à conservação e qualidade de vida
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9416 |
Resumo: | O ecossistema manguezal, está entre os mais produtivos do planeta e, no Brasil, ocorre ao longo de quase todo o litoral, do Amapá a Santa Catarina. Nesta pesquisa, o objetivo geral foi verificar as condições ambientais em três bosques de mangue da costa paraense, visando identificar padrões ambientais que demonstrem seu estado de conservação e a relação com a qualidade de vida das comunidades. Os objetivos específicos foram: caracterizar a composição florística e a estrutura dos manguezais; determinar as inter-relações solo-vegetação; determinar as formas de uso e as percepções ambientais das populações humanas com os manguezais; e, realizar uma análise interdisciplinar e sistêmica das características florísticas, edáficas e sociais em manguezais. As áreas escolhidas foram nos municípios de Soure (Ilha do Marajó), Salinópolis e Maracanã (Ilha de Algodoal). Utilizou-se metodologia padronizada e adequada a cada tema tratado. Quanto à composição florística, as espécies foram compatíveis ao que indica a literatura para esta região e às condições ambientais reinantes. Os bosques apresentaram alto grau de desenvolvimento estrutural, sendo que em Soure foram registrados os maiores valores. Os parâmetros do solo traduziram bem uma parcela do cenário ambiental local e regional a que estão submetidos esses manguezais, e mostraram grande influência na composição, distribuição e abundância das espécies vegetais presentes. As comunidades humanas apresentaram diversidade de usos dos manguezais, tendo sido em Salinópolis os registros de maior variedade. A percepção ambiental acerca da conservação desse ecossistema, revelou-se diferente entre as comunidades, sendo que, na Ilha de Algodoal, ocorreram os registros que mostraram menor grau de relação tradicional com o mesmo. A análise interdisciplinar, envolvendo componentes físicos, biológicos e antrópicos, indicaram manguezais bem conservados em seus atributos naturais, porém, revelaram um grau de ameaça que advém de visões somente economicistas para o desenvolvimento regional. Adverte-se para a necessidade de ações ligadas a pesquisas científicas específicas, para detectar o grau de ameaça a que este ecossistema, e outros da zona costeira, estão submetidos, além de políticas públicas, educação ambiental, organização, fiscalização e prática do que estabelece a legislação para unidades de conservação e para manguezais, visando a manutenção desses ecossistemas, e melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. |