Vitamina D e nefropatia em pacientes com diabetes Mellitus tipo 1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LUZ, Rafael Mendonça lattes
Orientador(a): FELÍCIO, João Soares lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Oncologia e Ciências Médicas
Departamento: Núcleo de Pesquisas em Oncologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7254
Resumo: O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) resulta da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, podendo evoluir com complicações renais. Tanto fatores genéticos como ambientais estão envolvidos na patogenia do DM1, e a deficiência de vitamina D surge como uma candidata dentre os fatores de risco para desenvolvimento tanto do diabetes, quanto da nefropatia diabética. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de uma associação entre níveis reduzidos de vitamina D, com a presença e o grau de nefropatia diabética em pacientes com DM1. Adicionalmente, nosso estudo visou estabelecer a prevalência de hipovitaminose D em controles da nossa região, e determinar se esta difere dos pacientes com DM1. Realizou-se um estudo transversal, entre novembro de 2013 e dezembro de 2014, no qual foram analisados os níveis de 25-hidroxivitama D ou calcidiol [25(OH)D] e albuminúria em 37 pacientes com DM1 e níveis de creatinina normais, e em 36 indivíduos controles. Os pacientes com DM1 e hipovitaminose D apresentaram níveis de albuminúria mais elevados quando comparados com aqueles com níveis normais de vitamina D (log10 albuminúria = 1,92 versus 1,44; p < 0,05). Quando separamos o grupo com DM1 de acordo com o estágio da nefropatia diabética em pacientes com normoalbuminúria, microalbuminúria e macroalbuminúria, encontramos níveis menores de 25(OH)D nos últimos, quando comparados aos dois primeiros (26,7 ± 6,2; 24,8 ± 7 e 15,9 ± 7,6 ng/mL; p < 0,05, respectivamente). Ainda no grupo com DM1, encontramos correlações entre os níveis de vitamina D com os níveis de albuminúria e com os estágios de nefropatia diabética (r = -0,5; p < 0,01 e r = -0,4; p < 0,05, respectivamente). Adicionalmente, a prevalência de hipovitaminose D entre os indivíduos controles foi bastante elevada (78%), e não houve diferença em relação aos pacientes com DM1, cuja prevalência foi de 73%. Os pacientes com DM1, quando comparados ao grupo controle, também não apresentaram diferença entre os níveis médios de 25(OH)D (24,2 ± 7,4 versus 25,8 ± 11,2 ng/mL, NS). Nossos dados sugerem uma associação entre níveis reduzidos de vitamina D e a presença e gravidade da nefropatia diabética. Adicionalmente, os pacientes com diabetes mellitus tipo 1, quando comparados aos indivíduos controles normais em nossa região, não diferiram nos níveis médios e no status dos níveis de 25(OH)D.