Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Roberta Maria de Moura
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Orientador(a): |
SILVIO, José de Lima Figueiredo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
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Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10397
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Resumo: |
Esta tese teve como objetivo principal analisar o processo de gestão do Turismo de Base Comunitária (TBC) implantado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro (AM) e sua relação com as comunidades Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tumbira, Santa Helena do Inglês, São Sebastião do Saracá, São Thomé, Santo Antônio do Lago do Tiririca e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Acajatuba, localizadas na margem direita da RDS pertencentes ao município de Iranduba (AM) compondo o Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro, considerando a atuação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e do Estado. Para responder os questionamentos que nos inquietara, foi necessário elaborar um referencial teórico-metodológico que nos possibilitasse um entendimento das observações feitas em campo mediante um diálogo com a teoria. Diante disso, buscamos alicerçar o estudo em teorias que tratam do turismo articulando com a noção de uso do território, do espaço e lugar como aspecto social. De cunho qualitativo, esta pesquisa foi realizada com base em estudos descritivos, exploratórios, por meio do levantamento bibliográfico, análise documental e pesquisa de campo, com observação, entrevistas, narrativas orais, oficinas participativas para o planejamento do turismo e construção dos mapas mentais. Os resultados revelaram que em cada comunidade pesquisada há dificuldades em planejar o TBC e isso se perpetua principalmente pelas ações do Estado, no que diz respeito às políticas públicas em interpretar o turismo pela ótica econômica, distanciando-o de seus compromissos sociais e ambientais. Da mesma forma, foi possível observar que a FAS, atua suplementarmente ao Estado do Amazonas a implementação de políticas governamentais e projetos que contemplem o desenvolvimento turístico. Embora almeje novas práticas sustentáveis por meio do TBC, está atrelada a um processo político alheio aos princípios da sustentabilidade, e utiliza-se do discurso ambientalista para se integrar na sociedade e minimizar os conflitos e insatisfações das comunidades tradicionais, incutidas na gestão participativa. Nesse direcionamento, as instâncias decisórias no campo do planejamento e gestão do turismo promovem relações de poder e dependência sob a lógica da dominação do capital financeiro. Além disso, acredita-se que os moradores da RDS Rio Negro que se reconhecem e se identificam enquanto “povo do lugar”, se sente excluídos do processo de planejamento e gestão das atividades turísticas. Por outro lado, eles acreditam o TBC é um veículo potencial para transformação social e como alternativa de conservação da natureza, inclusão social, além de, ser capaz de gerar renda para a localidade. Finalmente, observou-se que a forma organizacional do turismo atende as preferências individuais, portanto não havendo a intenção de promover o desenvolvimento em uma perspectiva local. |