Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
FARIAS, Kassia Suelen da Silva
 |
Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0002-7876-3652 |
Orientador(a): |
FIGUEIREDO, Silvio José de Lima
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
|
Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16267
|
Resumo: |
Diante do novo panorama democrático do Brasil (2018 a 2021), esta pesquisa tem como objetivo central analisar a participação dos agentes da Instância de Governança Regional no campo da Região Turística do Alto Tapajós. Tal proposta está centrada na hipótese de que embora a institucionalização das Instâncias de Governança Regionais (IGRs) tenha sido reforçada no cenário político dos últimos quatro anos do governo federal, e esteja dando (oficialmente) respostas aos anseios participativos, a forma como ela está se concretizando na rede de turismo do Pará fragiliza o cumprimento dos preceitos da participação. Assim, estimula uma confusão entre o processo participativo e o processo mercadológico, na medida em que conferem aos espaços participativos finalidades jurídicas e financeiras, para que se adequem às exigências do mercado. Decorrente disto, o modelo participativo proposto, com a formalização e institucionalização, direciona para fins que não dão conta da pluralidade dos agentes envolvidos na dinâmica do campo do turismo. A análise tem como pressuposto teórico-metodológico o conceito de campo, que se trata de uma ferramenta importante, pois possibilita identificar as relações estruturadas pelo turismo em um dado espaço social (Bourdieu, 1996; 2004a; 2007; 2014). Trata-se do reconhecimento do objeto relacionado à um contexto e, principalmente, aos agentes que se inserem no campo do turismo, sem se esgotar a uma única natureza ou conhecimento. A pesquisa estrutura-se numa abordagem qualitativa, na qual se considera a necessidade de um aprofundamento das relações sociais, tendo-se como escolha metodológica a análise bibliográfica e documental. Recorre-se a realização de sistemáticas visitas de campo, realizadas em agosto e setembro de 2021, maio de 2022 e abril de 2023, no município de Itaituba. A visita de campo foi útil para descobrir e para fundamentar as problemáticas do estudo, possibilitando coletar informações referentes ao processo de mudanças no planejamento do turismo do Pará e da institucionalização das instâncias de governança de turismo. Além disso, foram realizadas entrevistas com agentes inseridos em um espaço social, dotados ao mesmo tempo de categorias de percepção e de apreciação (Bourdieu, 2007). A seleção dos agentes entrevistados levou em consideração a representatividade dos agentes na Instância de Governança Regional do Alto Tapajós. Os resultados revelam que a participação definida para as IGRs se distanciou da sua concepção original, tendo em vista que os instrumentos públicos voltados para o desenvolvimento do turismo e para a ampliação da participação no processo decisório do turismo cedem à lógica do funcionamento da empresa privada. O planejamento participativo, proposto pelo Programa de Regionalização do turismo (PRT) esvazia-se numa lógica de oferta e demanda da ação pública. A IGR Associação Desenvolvimento Turístico da Região do Tapajós (ADTUR), tem grande dificuldade para assumir as atribuições de coordenação na Região Turística, tendo em vista que não há uma articulação efetiva (interesse) dos gestores municipais da região, como também não há pluralidade de agentes, que possam garantir a participação apregoada pelo PRT. Outro fato importante é que existe uma sobreposição de interesses no campo da região turística do Alto Tapajós o que impede pensar a região para além de uma fronteira econômica. |