A gambiarra na cena: uma poética de iluminação para ativação de obras de arte em Belém do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SOUZA, Iara Regina da Silva lattes
Orientador(a): MANESCHY, Orlando Franco lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes
Departamento: Instituto de Ciências da Arte
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7834
Resumo: O objeto de estudo desta pesquisa é a reflexão sobre a apropriação da gambiarra de luz para a cena expositiva. De forma específica serão tratados os mecanismos culturais favoráveis a esse processo, transversal na sua essência, sua contribuição para uma cena expositiva dramatizada, com um recorte no final do século passado até os nossos dias, delimitando-se o problema estudado à realidade de Belém do Pará. Tem como finalidade a compreensão dos processos de criação, construção e recepção das gambiarras como artefato iluminante na ativação de obras de arte. Para tanto, é discutida a iluminação dentro do universo da galeria de arte a partir da apropriação das gambiarras de luz que fazem parte do cotidiano urbano de Belém do Pará, a fim de avaliar a iluminação enquanto potência na ativação de obras de arte. Na sequência argumentativa do estudo, articulam-se o entendimento da relação do iluminante com os outros elementos da exposição de arte, visto que o mesmo opera como agente de ativação não só da obra, mas da situação espacial em que ela se encontra, com o intuito de produzir teoria e fortalecer a arte como campo de conhecimento. A gambiarra tem caráter de implicação conceitual de sentido, não apenas enquanto objeto, mas a partir do que ela produz, o que denominamos de efeitos socioestéticos. Estes deverão ser lidos a partir dos quinze anos de experiência desta pesquisadora na apropriação, ressignificação e recondução de artefatos luminosos para a função de ativadores de espaços expositivos, em uma afirmação da práxis como elemento principal de articulação dos caminhos da pesquisa, tendo em vista que, no decorrer deste tempo, um método foi se desenhando e encontra-se em consonância com esta pesquisa. Para operar de maneira mais eficiente dentro da complexidade dos campos da materialidade e reprodutividade do objeto, dos dispositivos de instauração das obras de arte, da gambiarra como caminho inventivo e de solução investigativa que acontece num campo de subjetividade, empregou-se a abordagem metodológica da bricolage.