A fadiga mental altera a percepção subjetiva de esforço, mas não prejudica o tempo de resposta de árbitros de futebol durante uma tarefa física simulada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: LIMA, Cássio Zacarias Lopes de lattes
Orientador(a): PENNA, Eduardo Macedo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15960
Resumo: A fadiga mental (FM) é um estado psicobiológico, ocasionado por atividade cognitiva exigente e prologada, caracterizada por sensações de cansaço e falta de energia induzidos por períodos de atividade cognitiva exigente. A FM afeta de modo prejudicial a tomada de decisão no esporte, pois estes efeitos têm sido associados a uma redução no desempenho das funções executivas, que são conceituadas como um conjunto de processos cognitivos utilizados para planejar e realizar ações para alcançar um objetivo. Nesse contexto, sabe-se ainda que o desempenho das funções executivas tem sido fortemente associado a tomada de decisão de árbitros de futebol, logo a relação entre a FM e o desempenho cognitivo de árbitros é importante no contexto da arbitragem. Dessa maneira, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da fadiga mental sobre o tempo de resposta em teste que avalia funções executivas, e a percepção subjetiva de esforço em uma tarefa física de jogo simulado em árbitros de futebol. Doze árbitros profissionais, de nível regional participaram do estudo, e realizaram três visitas ao laboratório. A primeira visita para avaliações e familiarização aos protocolos experimentais, e assinatura do Termo Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Na 2° e 3° visitas os participantes foram expostos a duas condições experimentais, alta carga cognitiva ou baixa carga cognitiva, de modo cruzado e aleatorizado. Na condição alta carga cognitiva os árbitros realizaram Teste Stroop e na condição baixa carga cognitiva assistiram vídeo emocionalmente neutro, logo após estas condições eles deveriam realizar testes de função executiva simultaneamente com a tarefa física simulada para árbitros de futebol. Em relação à análise estatística um teste t de student pareado foi feito para comparar os dados médios, coletados em um único ponto entre os ensaios experimentais (EVA-MOT). As ANOVAs de duas vias, com medidas repetidas, foram utilizadas para comparar os dados entre as condições experimentais, em diferentes momentos. Os resultados revelaram que não houve efeito da fadiga mental sobre o desempenho das funções executivas (P = 0,395). Apesar disso, foram encontradas maiores percepções de esforço na condição de alta carga cognitiva (P = 0,018). Nesse sentido, o presente estudo mostra que apesar da fadiga mental alterar a percepção subjetiva de esforço, não houve qualquer prejuízo no desempenho das funções executivas de árbitros de futebol.