Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
KHOURY, Eliana Dirce Torres
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Orientador(a): |
PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
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Departamento: |
Núcleo de Medicina Tropical
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9206
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Resumo: |
Apesar das evidencias de níveis de exposição ao mercúrio capazes de produzirem danos neurológicos às comunidades ribeirinhas da bacia do rio Tapajós, poucos estudos clínicos avaliaram alterações de funções neurológicas, principalmente as somatossensoriais, consideradas como as manifestações iniciais da intoxicação por metilmercúrio. Neste estudo avaliaram-se os níveis atuais de exposição ao mercúrio e as manifestações somatossensoriais em ribeirinhos adultos residentes em comunidades situadas em diferentes regiões hidrográficas. Duas, na bacia do Tapajós e uma na bacia do Tocantins. Participaram do estudo 78 ribeirinhos em Barreiras, 30 em São Luís do Tapajós (bacia do Tapajós) e 49 no Furo do Maracujá (Tocantins), com idade entre 13 e 53 anos, de ambos os sexos. Concentrações de mercúrio total foram quantificadas em cabelo através da espectrofotometria de absorção atômica e a avaliação neurológica foi realizada por exame convencional e através de medidas quantitativas para sensibilidade tátil por monofilamentos de Semmes-Weinstein, sensibilidade vibratória e discriminação de dois pontos. As concentrações de mercúrio nas comunidades da bacia do Tapajós foram maiores que a do Tocantins (p<0,0001). A avaliação das alterações neurológicas não mostrou diferença significativa entre as comunidades das áreas exposta e controle para as alterações observadas através do exame neurológico convencional, exceto para desvio da marcha (p <0,05). Os limiares do tato por monofilamentos de Semmes-Weinstein, exceto para o peito esquerdo; vibração, exceto para o esterno superior, e da discriminação de dois pontos foram maiores nos indivíduos em área de exposição quando comparados com os da área controle (p<0,05). Na correlação dos limiares com as concentrações atuais do Hgtotal no cabelo, correspondência diretamente proporcional só foi observada para os limiares do tato por monofilamentos de Semmes-Weinstein do lábio inferior (p-valor<0,0001). Conclui-se que alterações somatossensoriais leves predominaram nas áreas de exposição ao metilmercúrio. Manutenção do monitoramento da exposição, orientação em relação às medidas de saúde pública e novos estudos clínicos utilizando testes somatossensoriais quantitativos são necessários para esclarecimento da ocorrência de casos clínicos de intoxicação nas áreas ribeirinhas contaminadas por mercúrio. |