Percepções, vivências e perspectivas de professores sobre o Programa Saúde na Escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: PEREIRA, Fabrício Moraes lattes
Orientador(a): NASCIMENTO, Liliane Silva do lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11263
Resumo: A saúde na escola é tema de discussões relevantes no tocante à promoção da saúde. A partir de reflexões acerca da intersetorialidade, revisão de literatura e pesquisa em campo, este estudo objetiva compreender as ações resultantes do Programa Saúde na Escola em escolas públicas municipais de Belém, Pará, pela perspectiva dos professores. Trata-se de estudo descritivo-observacional, com análise de entrevistas com 22 professores da educação básica pública municipal. A pesquisa de campo ocorreu no período de abril a junho de 2018. Foi realizada análise de conteúdo, proposta por Bardin, gerando quatro unidades temáticas: Avaliação do PSE no contexto das escolas municipais de Belém; Os determinantes sociais de saúde e a comunidade escolar; Professor da educação básica: inerente educador em saúde; A indissociabilidade do cuidar no binômio saúde-educação. Dos entrevistados, metade desconhecia o programa ou o seu funcionamento. Observou-se diferentes modos de interação entre os realizadores das ações do programa, desde os pontuais e ineficientes ao mais contextualizados e integrativos. O estudo dos determinantes sociais de saúde se fazem necessários para compreender os processos e necessidades destas ações no âmbito escolar municipal, com destaque para questões de saneamento básico, insegurança alimentar, violência e drogas. Destaca-se a necessidade de autorreconhecimento do professor enquanto educador em saúde, a fim de inseri-los na construção da promoção de saúde em suas práticas pedagógicas. A articulação da escola com a comunidade escolar pode servir de insumo para maior integração e estimulação das práticas de controle social. Compreende-se a existência de desafios a serem superados através da concretude da intersetorialidade: os efeitos arraigados do modelo biomédico, as distorções da concepção de promoção de saúde, a necessidade de melhor entendimento e aplicação da intersetorialidade, a conciliação das agendas, a fragmentação das ações em saúde, a valorização profissional de ambos os setores e melhor qualidade na comunicação e troca de informações interprofissionais.