Cartas para Amazônia: convergências entre saberes locais e Ensino Superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Aldenora Pena da lattes
Orientador(a): COLFERAI, Sandro Adalberto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior
Departamento: Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas a Ensino e Extensão
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16133
Resumo: Viajar pelas várias faces da região amazônica é convite do presente trabalho e tem por objetivo contribuir para a promoção e valorização das identidades amazônidas nos processos de ensino e aprendizagem entre discentes do Ensino Superior da Região Norte, buscando traçar a convergência entre saberes locais e Ensino Superior, tendo as Cartas Pedagógicas como suporte metodológico, fazendo com que discentes de lugares e realidades diversas da Amazônia se conectem, reconfigurando seu olhar sobre o seu entorno, compartilhando impressões, identificando-se no olhar do outro a partir das diferenças, mas também das semelhanças. Para tal, partimos em uma jornada, guiados por diferentes teóricos que subsidiaram essa pesquisa. A jornada começa com a proposta teórico-metodológica de Jesús Martín-Barbero (2004), apoiado por Deleuze e Guattari (2000) e Passos, Kastrup e Escóssia (2015), que identificam na Cartografia uma perspectiva de estudo aberta a diversos olhares e que possibilita à pesquisadora ser parte integrante, afetando e sendo afetada pela experiência vivenciada. O pensamento de Freire (1978, 1985, 1994, 2004, 2015a, 2015b) está presente tanto como instrumento metodológico, através das Cartas Pedagógicas, como pelas teorias defendidas em prol de uma educação transformadora, crítica e libertadora. Para fundamentar a discussão sobre Identidade me apoio nas teorias de Stuart Hall (2005), Néstor Canclini (2008) e Rogério Haesbaert (2010). Silva (2012) e Oliveira (2019) contribuíram para o entendimento dos sinuosos caminhos da formação da Região Amazônica, assim como a discussão sobre as Instituições de Ensino Superior de Mello (2007) e Mello, Almeida Filho e Ribeiro (2008). Não há como desenvolver pesquisas baseadas em cartas (pedagógicas), sem falar de Wolton (2006), Freire (1985), Amabile (2012) e Paulo e Dickmann (2020) e os conceitos que permeiam os caminhos da comunicação, da criatividade e da intencionalidade das cartas trocadas. Alicerçado por tais embasamentos teórico-metodológicos, desenvolvemos o Produto Educacional Cartas para Amazônia, composto de pelo a) Kit de Viagem - que traz pistas de como, metodologicamente, a troca de correspondências pode ocorrer e b) Coletânea de Cartas: compartilhando experiências da primeira viagem vivenciada por mim e pelos discentes, aqui denominados de escritores-viajantes, realizando descobertas e conectando mundos e saberes, locais e acadêmicos. A troca de cartas propõe trazer, a cada um dos discentes-correspondentes, a intersecção entre os saberes locais e acadêmico científicos, possibilitando um novo olhar sobre a sua própria realidade, além de compartilhar com o outro o que, em sua concepção, associa-o ao seu lugar no mundo, aprofundando sua relação identitária e, em perspectiva, fomentando práticas engajadas na preservação e valorização da Amazônia.