Atributos químicos do solo e composição química de folhas de mangue vermelho (Rhizophora mangle L.) em um manguezal e área transicional em São João de Pirabas, Pará
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10976 |
Resumo: | Os manguezais são ecossistemas costeiros característicos de regiões tropicais e subtropicais de grande importância social e ecológica. Na Amazônia esses ecossistemas representam mais da metade das áreas de mangue do Brasil (cerca de 70%) e são reconhecidos pela sua grande exuberância e magnitude relacionadas à distribuição regular das chuvas, as altas temperaturas, a grande amplitude de marés (>4m) e ao suprimento de sedimentos dos rios dessa região. Mudanças nas características hídricas e nas propriedades físico químicas do solo podem provocar alterações na dinâmica dos nutrientes nesses ecossistemas. Em ambientes transicionais essas características são alteradas e podem ter efeitos sobre a concentração de nutrientes nos compartimentos do ecossistema. Visando diferenciar esses ambientes de transição e os ambientes de manguezais propriamente ditos quanto à concentração de nutrientes é que este trabalho busca avaliar os teores de nutrientes no solo, em folhas de Rhizophora mangle L. e em folhas de serapilheira nesses dois tipos de ambientes em dois períodos sazonais em um manguezal do litoral amazônico. Foram coletadas amostras no mês de menos chuva (setembro de 2011) e o de mais chuvas (abril de 2012) nas duas áreas e submetidas a análises químicas para obter a concentração de macro (Ca, Mg, Na, K, Al, S, P, N, C) e micro nutrientes (Cu, Zn, Mn, Fe). Também foram analisadas as propriedades físico-químicas do solo (Eh, pH e Salinidade) e a granulometria do solo. Os resultados apontam maiores concentrações de nutrientes no solo do manguezal de franja quando comparado a zona de transição (manguezal x floresta secundária), indicando que o Eh que é mais baixo no primeiro influenciado pela proximidade com o mar e a maior frequência de inundação pelas marés, é o principal fator de diferenciação na concentração de nutrientes do solo. Os nutrientes nas folhas de Rhizophora mangle L. não apresentam grandes diferenças de um ambiente para o outro e não seguem o mesmo padrão de concentração do solo quanto às duas áreas estudadas, porém, nas folhas são mais influenciados pela diferença de um período climático para o outro. Assim, as árvores de mangue vermelho do bosque da zona de transição conseguem manter uma concentração de nutrientes semelhante ao bosque de franja, sendo a diferença estrutural do bosque mais relacionada a granulometria do solo do que a relação nutricional, já que essas árvores possuem mecanismos fisiológicos para conservação e seleção de nutrientes, como é o caso do N que poderia ser um nutriente limitante nesses ambientes. |