Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
RABELO, Agnaldo Aires
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
MAUÉS, Raymundo Heraldo
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
|
Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8885
|
Resumo: |
Memórias em Movimento: Histórias de Luta e Resiliência: Faces Cabanas da Identidade Amazônica é a continuidade de uma pesquisa etnográfica, realizada a partir de incursões a campo, no vale do rio Capim, no Nordeste do Estado do Pará. Espaço geográfico em que encontrei velhos das antigas, que narram histórias sobre os elementos, que para Maués (2006), nos permitem compreender a constituição de uma identidade amazônica, entre os quais a memória da Cabanagem, que se resignifica, na região com a Revolta do Capim ocorrida em 1891. Neste (re)encontro com o passado/presente, faço inicialmente uma revisão de faces distintas do movimento, base histórica para os capítulos seguintes. Estes de caráter etnográfico, constituem uma proposta de compreensão da Cabanagem e da persistência de uma condição permanente cabana, de luta e resiliência, que se faz presente, quando as ruas de Belém são tomadas pela invasão de um rio de gente no Círio de Nazaré. Condição similar a aristocracia de pé no chão (Dalcídio Jurandir 2008) e aos Alfredos dalcidianos da ilha de Santana do Arari, localizada no município de Ponta de Pedras (Marajó), selecionada para a pesquisa, entre outras razões históricas, por ter sido um ponto de resistência aos cabanos. Desta forma, este trabalho de caráter histórico-literário e etnográfico, tem como objetivo principal: compreender as faces de uma identidade amazônica, na perspectiva de Maués (2006), aproximando assim, textos e realidades etnoliterários, que apresentam similaridades, pois, para além das construções historicistas da mobilização, ou de uma Cabanagem restrita ao espaço de cidades, atualmente, cabe estudar a luta dos cabanos que estiveram embrenhados nas matas e rios da Amazônia, propondo outra versão dessa história. “Uma versão que mostre um território que, desde longa data, abrigou muitos homens e mulheres trabalhadores e que está muito distante da imagem do “inferno verde” ou do “vazio demográfico” que foi imposta a essa região com claros motivos políticos”. (Ricci 2008, p.169). Considerando-se assim a tese: de que as condições históricas de dominação política, exploração socioeconômica e de disputas pelo poder, condicionam a eclosão de revoluções populares, e fazem parte de uma estrutura de longa duração (Sahlins 2004), e especialmente, da perspectiva gadameriana de círculo hermenêutico (2002), pensada segundo os princípios de uma hermenêutica filosófica de compreensão do mundo. Estando presente nas cenas da vida amazônica (Veríssimo 2013), vivenciadas, ao longo da experiência etnográfica real e das obras etnoliterárias, que buscamos incessantemente, na ânsia de compreensão, da realidade amazônica. |