Impactos das mudanças climáticas na biomassa florestal Amazônica: Previsão de perda e estratégias de conservação prioritárias para o potencial de biomassa sob as mudanças climáticas
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
|
Departamento: |
Instituto de Geociências
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16702 |
Resumo: | O estudo aborda a influência das mudanças climáticas na Biomassa Acima do Solo (AGB) na Amazônia, analisando tanto as previsões de redução quanto o potencial de aumento sob diferentes cenários climáticos até o final do século. Utilizando dados de AGB (GEDI) e variáveis climáticas de Modelos de Circulação Global (GCM‘s) e Caminhos Socioeconômicos Compartilhados (SSP‘s), a pesquisa emprega a Regressão Geograficamente Ponderada (GWR) para explorar padrões espaciais da distribuição da AGB. Os resultados apontam para um declínio significativo da AGB, com reduções estimadas entre 14,2% a 32,1%, onde a densidade vegetativa média poderia cair para 177,61 Mg/ha-¹ até 2040 e 140,43 Mg/ha-¹ até 2100, evidenciando uma diminuição na capacidade de sequestro de carbono da floresta, especialmente nas regiões nordeste, central-leste, oeste e sul da Amazônia. Paralelamente, identificou-se potencial de ganho de AGB em áreas específicas do bioma Amazônia Brasileira, principalmente nas regiões noroeste e sudeste, abrangendo as bacias dos rios Negro, Xingu e Tapajós, sob ambos cenários futuros. Dentro desse potencial de ganho, as Terras Indígenas (TI‘s) emergem como primordiais para a conservação, mostrando maiores ganhos de AGB em ambos os cenários analisados. Este estudo destaca a importância de estratégias de mitigação e o papel das áreas protegidas na manutenção da resiliência da Amazônia diante das adversidades climáticas futuras. Ao destacar as áreas de possível aumento da AGB, salienta a importância de preservar e valorizar as áreas protegidas e TI‘s como estratégias fundamentais para enfrentar os desafios ambientais e climáticos. Essa abordagem não só enfoca a mitigação da perda de AGB, mas também reconhece o potencial de regiões específicas para contribuir positivamente para a resiliência da Amazônia diante das mudanças climáticas futuras, pois verificou que em melhores condições climáticas resulta em mais AGB e, consequentemente, em uma maior capacidade de sequestro de carbono pela floresta quando comparada às projeções onde as condições são mais severas e as emissões são mais altas. Portanto, este estudo é de grande importância para a ciência quanto para formulações políticas públicas, pois oferece uma análise do impacto das mudanças climáticas de AGB na Amazônia, essencial no ciclo do carbono e, por extensão, na mitigação das mudanças climáticas globais. Identificando regiões vulneráveis e também com potencial de aumento de AGB, realça a urgência de estratégias de conservação direcionadas. |