Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
FIGUEIREDO, Beatriz Luna
 |
Orientador(a): |
COHEN, Marcelo Cancela Lisboa
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
|
Departamento: |
Instituto de Geociências
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9946
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi avaliar a extensão do impacto do nível de mar alto do Holoceno médio e sua subsequente descida no Holoceno tardio, assim como a influência das mudanças climáticas sobre os manguezais e unidades de vegetação associadas ao longo do vale fluvial do Rio Jucuruçu no sul do estado da Bahia, nordeste do Brasil. Isto foi feito integrando dados topográficos, geomorfológicos, sedimentológicos, palinológicos e isotópicos de uma sequência de testemunhos de sedimentos ao longo deste vale fluvial. Foi dado destaque para o testemunho PR8 com 7,5 m de profundidade amostrado de uma planície de inundação, 37 km distante da atual linha de costa, à montante do Rio Jucuruçu. Os dados revelam três importantes associações de fácies caracterizadas pela: 1) presença de um canal fluvial-estuarino, onde, neste momento, os vales dos rios ficam incisos e preenchidos por depósitos fluviais, conforme registrado pela base do PR8 (760-700 cm) e PR7 (460 – 800 cm), que se caracterizam por sequências de sedimentos arenosos exibindo granodecrescência ascendente; 2) presença de um estuário com planícies de maré colonizadas por manguezais e ervas durante o Holoceno inicial e médio. 3) A terceira fase é caracterizada por uma planície de inundação fluvial com o desaparecimento de manguezais e expansão de ervas e palmeiras ao longo do vale fluvial estudado. O testemunho PR8, amostrado a partir de uma planície fluvial a cerca de 6.8 ± 0.8 m acima do atual nível relativo do mar (NRM), revela uma influência estuarina com a presença de pólen de mangue (5-40%,) entre 700 cm (~7400 anos cal AP) e 450 cm de profundidade (~5800 anos cal AP). O PR8 indicou ausência de pólen de mangue durante os últimos 5800 anos. Além disso, a influência dos padrões climáticos propostos para o Holoceno pode ser identificada ao longo do testemunho estudado. Provavelmente, as mudanças na vegetação e na matéria orgânica sedimentar identificadas no PR8 e demais testemunhos analisados foram causadas pelos efeitos combinados das flutuações do NRM, com um nível alto em cerca de 5350 anos cal AP e 3.25 ± 0.8 m, e mudanças na descarga fluvial. A evolução geomorfológica e da vegetação descrita para o PR8, assim como para outros testemunhos estudados ao longo do vale do Rio Jucuruçu e posicionados topograficamente mais baixos (PR7 - 5 m, PR10 – 1.5, PR11 – 0.5 m e PR12 – 0.5 m acima do NRM) está compatível com uma subida contínua do nível de mar acima do atual até o Holoceno médio, seguida de uma queda até os dias atuais. |