Conta que eu conto: percepções de crianças sobre suas experiências de acolhimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: CRUZ, Dalízia Amaral lattes
Orientador(a): MAGALHÃES, Celina Maria Colino lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10663
Resumo: O interesse em investigar os serviços de acolhimento a partir da percepção que a criança tem das dinâmicas físicas e sociais da instituição, vem ganhando visibilidade na área da Psicologia do Desenvolvimento. Este interesse fez surgir no âmbito científicoacadêmico a necessidade de se pesquisar a perspectiva da criança em acolhimento a partir da abordagem sistêmica, que considera a pessoa desenvolvente como ser ativo na sua trajetória desenvolvimental. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo investigar as percepções de crianças sobre suas experiências de acolhimento, no contexto de atividades de “contação” de histórias. Para tanto, utilizou-se para a coleta dos dados uma entrevista semiestruturada com seis crianças de uma instituição de acolhimento, na região metropolitana de Belém. A entrevista foi realizada durante seis atividades de “contação” de histórias. Para cada dia de atividade foi elaborado um roteiro de entrevista, de modo que as perguntas fossem feitas coerentes com momentos específicos de cada história. Foram utilizados seis contos infantis: “Quando me sinto zangado”, “Os três porquinhos”, “O patinho feio”, “Onde vivem os monstros”, “Choco encontra uma mamãe” e “Todo mundo fica feliz”. As atividades foram filmadas e transcritas na íntegra, para a análise de conteúdo. Utilizou-se também um formulário de caracterização das crianças para relacionar os dados com os obtidos a partir das atividades com os contos. Os principais resultados demonstram que as crianças desconhecem os reais motivos que determinaram seu acolhimento; as educadoras são apontadas pelas crianças como as principais figuras de referência; atividades externas à instituição foram citadas pelas crianças como algo que as deixava feliz e as atividades com os contos também apareceram como algo que despertava sentimento de felicidade. O relato das crianças ainda sugere que há interação entre irmãos na instituição. Quanto a questões referentes à família, as crianças, de modo geral, eram monossilábicas, quando indagadas de forma mais direta, mas aludiam a situações familiares espontaneamente, a partir do enredo das histórias. O trabalho com os contos infantis revelou-se satisfatório, na medida em que favoreceu e facilitou a expressão das crianças sobre suas experiências na instituição de acolhimento.