Resumo: |
Trata-se de estudo qualitativo e bibliográfico, aportado na hermenêutica filosófica de Gadamer, na pedagogia crítica de Freire e na fenomenologia, realizado no mestrado acadêmico no PPGED, do ICED, UFPA, campus de Belém. Nele visa-se discutir a educação a partir do conceito de diálogo nos autores mencionados. Objetiva-se em linhas gerais, a partir do mesmo, repensar a educação segundo as perspectivas dialógicas de Gadamer e Freire, e, especificamente: refletir sobre a contribuição da hermenêutica filosófica de Gadamer à educação; articular alguns conceitos da hermenêutica filosófica com o conceito de diálogo em Gadamer; e, estabelecer relações entre as concepções de educação dialógica em Gadamer e Freire com a questão da autonomia do educando. As questões norteadoras são as seguintes: 1. Que tipo de ser humano queremos formar, tendo presente o contexto contemporâneo? E, por conseguinte, 2. Que educação queremos, para quê, para quem e pautada em quais princípios? Quanto ao referencial teórico metodológico esse trabalho prioriza Gadamer, nas obras Verdade e Método I e II (1999 e 2002, respectivamente) e Hermenêutica em Retrospectiva (2012); e, Freire, nas obras Educação como Prática de Liberdade (1967), Pedagogia do Oprimido (1987) e Pedagogia da Autonomia (2005). A contribuição de intérpretes da hermenêutica filosófica como Flickinger, Rohden e Hermann é levada em consideração, e também outros autores importantes da educação, como Saviani. Como resultados se chegou a conclusão que a educação não pode jamais menosprezar a tradição, pois enquanto seres históricos já estamos sempre em uma dada tradição. A linguagem e, portanto, o diálogo intermedia a relação do intérprete com a alteridade. A educação para a autonomia e cidadania dos educandos é mais efetiva quando toma o diálogo vivo como pressuposto e se instaura em um clima de intersubjetividade. |
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