Meninas cor da noite: percepções sobre os efeitos do racismo na constituição subjetiva de adolescentes negras na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Venâncio, Letícia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/591249
Resumo: A pesquisa buscou compreender as percepções de adolescentes negras sobre o racismo no ambiente escolar. O campo escolhido foi uma escola municipal, de tempo integral, localizada no bairro Curió, na cidade de Fortaleza – Ceará, que atende alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. As adolescentes participantes da pesquisa pertenciam à faixa etária de 12 a 15 anos de idade. A coleta de dados ocorreu seguindo duas configurações: atividades em grupo com as adolescentes e escuta individual. A construção textual foi feita com o entrelaçamento de falas e recortes de relatos pessoais das adolescentes, tanto nos encontros em grupo, quanto nos momentos de escuta individual, com teóricas decoloniais, como Lélia González, Grada Kilomba e Neuza Santos Souza, além do suporte da teoria psicanalítica através dos conceitos de Ideal de eu desenvolvidos por Sigmund Freud. A interseccionalidade compõe a fundamentação teórica e atua como ferramenta metodológica quanto à escolha das participantes ao levar em consideração os recortes sociais como raça, gênero e classe social. Foi utilizado um diário de experiência para registro dos dados resultantes. É importante ressaltar que nomes fictícios foram escolhidos para preservar seus nomes reais. Constatou-se que no ambiente escolar ocorrem episódios de discriminação racial, que não são nomeados como racismo por serem tratados como bullying. O racismo entre adolescentes na escola se expressa por meio de brincadeiras e piadas, especialmente em relação ao cabelo, que além da cor da pele, representam a identidade negra. A pesquisa apontou a urgência de discussões sobre a discriminação racial na escola, além da participação ativa dos gestores da instituição no combate ao racismo. Palavras-chave: adolescência; escola; racismo; psicanálise