O reuso planejado das águas residuárias na Universidade de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Castelo, Euclides José Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124917
Resumo: A coleta e tratamento de esgoto ainda hoje estão muito distantes da democratização do acesso a esse serviço, causando prejuízos à economia e à qualidade de vida de mais de 100 milhões de brasileiros. O novo marco legal do saneamento básico brasileiro (PL 4.162/2019) que se compromete com a universalização até 2033 busca mudar essa realidade. Diante deste contexto, este trabalho investigou dentro da óptica do reuso planejado das águas residuárias quais as opções de tratamento terciário e avaliou a eficiência do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do NAMI ¿ Núcleo de Atenção Médica Integrada da Universidade de Fortaleza ¿ UNIFOR (nordeste brasileiro), para fins de reuso não potável urbano, segundo os parâmetros de: pH, condutividade, coliformes termotolerantes e ovos de geohelmintos, exigidos pela COEMA 02/2017, capítulo III, Art.38; além de outros dois parâmetros: turbidez e DBO. O sistema, em escala piloto, formado por etapas que incluem a eletrocoagulação, decantação, filtração seguida de eletroxidação, sinalizou discreta elevação de 2,4% do pH, anotando o valor médio em 7,76. Apurou decaimento de 3% da condutividade, ficando o parâmetro em 1529µS/cm ainda dentro da faixa de aproveitamento para a irrigação, porém com restrições para determinadas culturas. Para o parâmetro de ovos de geohelmintos não foi possível avaliá-lo, pois nenhuma das amostras antes do tratamento apresentou a presença desse patógeno. A turbidez por sua vez foi diminuída em torno de 30% melhorando o aspecto estético do efluente, importante redução para fins de reuso não potável em vasos sanitários. Os níveis de DBO ficaram abaixo do limite estipulado de 120mg/L pela COEMA, o que indica um baixo grau de poluição no caso da opção por disposição em um corpo d¿água. No tocante a quantidade de coliformes termotolerantes observou-se uma diminuição significativa na quantidade dentro das amostras deste quesito. Porém somente 18% no número de amostras atendeu aos parâmetros exigidos pela resolução da COEMA 02/2017. Essa baixa eficiência sugere que novos estudos devam ser realizados para uma melhor calibração do processo de tratamento e adequação deste parâmetro conforme determinação do Conselho Estadual do Meio Ambiente. Os baixos custos operacionais tanto da eletrocoagulação (R$3,44/m³) quanto da eletroxidação (R$0,48/m³) motivam a ideia para novos estudos de aplicação destes processos avançados combinados. Palavras-chave: Reuso planejado. Tratamento terciário de esgoto. Eletrocoagulação. Eletroxidação.