Aplicação da filtração intermitente em leito de areia e de escória da metalurgia do cobre no tratamento de esgotos com ênfase em reuso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Dultra, Fernando de Almeida
Orientador(a): Kiperstok, Asher
Banca de defesa: Kiperstok, Asher, Oliveira, Iara Brandão de, Andrade Neto, Cícero Onofre de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, Departamento de Engenharia Quimica
Programa de Pós-Graduação: Engenharia Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21686
Resumo: Este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho de filtros intermitentes, no póstratamento de esgotos sanitários. Primeiramente, o efluente tratado proveio de um sistema composto por um decantador primário, um contactor biológico rotativo - CBR, e um decantador secundário. Na segunda fase o CBR saiu de operação, ficando o tratamento preliminar reduzido a decanto-digestão em três câmaras sépticas, com seis horas de detenção hidráulica. A unidade experimental é composta de doze unidades de filtros intermitentes sendo oito de areia, três de escória de metalurgia de cobre, e uma mista. O sistema trata os esgotos da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia. Cada filtro tem 0,5 m de altura de leito filtrante, com tamanhos efetivos-TE de 0,4 mm, 0,75 mm, 1,3 mm de areia e 1,2 mm de escória, os coeficientes de uniformidade variaram de 1,13 a 1,83. As taxas de aplicação hidráulica foram de 0,4 m³/m².dia, 1,1 m³/m².dia e 1,4 m³/m².dia, com freqüência de aplicação de doses de 48 vezes por dia. Mesmo com taxas de aplicação mais elevadas que aquelas relatadas em outros trabalhos, obteve-se resultados satisfatórios quanto à remoção de matéria orgânica, ficando a DBO abaixo de 10 mg/L e SST em torno de 5 mg/L. Com respeito a eficiência de redução da matéria orgânica, constata-se que para as elevadas taxas de aplicação, não há diferença significativa entre os diversos TE’s dos leitos filtrantes.Conclui-se que é possível obter efluentes de boa qualidade, operando filtros intermitentes com elevadas taxas de aplicação hidráulica, com leitos de tamanhos efetivos acima de 1,0 mm, sem finos, apresentando carreiras superiores a um ano, o que significa uma diminuta geração de lodo. Os filtros intermitentes, são unidades aeróbias, não geram odores, não geram aerossóis, têm baixo custo operacional, não requerem mão de obra especializada, sua manutenção é simples e econômica, e praticamente não geram lodo. Sua capacidade de abater microrganismos é limitada, principalmente para taxas mais elevadas, porem o efluente é muito clarificado possibilitando a aplicação de diversos processos de desinfecção. Podem ser usados amplamente no tratamento de esgotos de pequenos geradores, de forma descentralizada e possibilitando o reúso.