Cartografando a gestão familiar do sujeito narrado em uma construção de anormalidade intelectual: intersecções entre gênero, sexualidade e "deficiência"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Sandra Maria Alexandre da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105366
Resumo: Discute-se muito sobre as pessoas com ?deficiências?, seus direitos e deveres, aceitação e participação na sociedade civil, cuja existência tem sido historicamente marcada pela segregação, omissão e exclusão social. Este trabalho tem como proposta analisar os discursos envolvidos na produção de sexualidades interpeladas como abjetas, privilegiando as intersecções entre corpo, gênero e sexualidade no contexto da gestão familiar de sujeitos narrados numa construção de anormalidade intelectual, considerando os processos sociais complexos que envolvem a construção de posições de sujeitos tutelados nas experienciações da sua sexualidade. Adotamos como campo de análise as práticas sociais educativas institucionais e suas relações com os discursos/práticas da gestão familiar, em um recorte cartográfico que problematiza corpo, gênero e sexualidade dos sujeitos narrados numa construção de anormalidade intelectual no campo da saúde e educação, buscando na/da gestão familiar as construções discursivas que implicam a (in)visibilidade da sexualidade desses sujeitos no contexto da sociedade. Do mesmo modo, privilegiamos leituras aproximadas dos estudos culturais e feministas, numa perspectiva desconstrucionista pósestruturalista, num contra-argumento com base no qual podemos discutir os processos de subjetivação do sujeito elaborados em construções históricas de exclusão da sua sexualidade. A análise das interlocuções baseou-se nos modos externos de exclusão (palavra proibida, segregação da palavra e vontade de verdade) da análise do discurso Foucaultiano, cujas construções discursivas e não discursivas são impregnadas de verdades produzidas pelos conhecimentos que alojam os sujeitos em espaços de assujeitamento e práticas sociais de opressão. Percebemos o quanto as construções discursivas tomam os marcadores de ?deficiência? como elementos das relações de poder/saber e o quanto se subordinam aos estatutos da cultura sexual, que têm na educação, na saúde e na família alvos relevantes para 9 a construção dessas relações excludentes. Os achados do estudo permitem compreender a construção dos corpos produzidos nos discursos histórico-sociais e na articulação de enunciados que definem a materialidade do sujeito abjeto/monstruoso e (in)corrigível, narrado ?deficiente? a partir dos jogos discursivos performatizados em normatividades nas complexas redes institucionais que são acionadas na gestão da sexualidade e ?deficiência?, fornecendo certa inteligibilidade sobre as hierarquias de poder que regulam esse sujeito no campo da desigualdade nos serviços de saúde e educação e as implicações da sexualidade no atendimento das necessidades e cuidados em situações de vulnerabilidade, violência e abuso sexual. Palavras-chave: Sexualidade. Gênero. Subjetivação. Anormalidade. Educação.