Estilo de vida de idosos hipertensos: análise de repercussão de uma tecnologia educativa em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Magalhaes, Juliana Lima Fonteles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/88430
Resumo: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares, sendo também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como o acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, estima-se que atualmente 17 milhões de brasileiros sejam portadores da hipertensão, sendo 35% destes com idade igual ou maior que 40 anos. Por muitas vezes cursar assintomaticamente, o tratamento da HAS, é frequentemente negligenciado por parte do paciente. Uma das principais condutas não medicamentosas a ser implementada é a modificação no estilo de vida de seus portadores, que se constitui em uma alimentação balanceada e com redução do consumo de sódio, abstenção do uso do álcool e do tabaco, redução do peso e prática de atividade física com vista à erradicação do sedentarismo. Evidências demonstram que estratégias de educação em saúde que visem modificações no estilo de vida são mais eficientes quando aplicadas coletivamente. Frente a isto, desenvolvemos essa dissertação de mestrado em dois artigos. No primeiro artigo, analisamos o estilo de vida de idosos hipertensos de um Centro de Convivência e a sua relação com os fatores de risco, prevenção e controle da hipertensão. Constatamos que a adesão às condutas de um estilo de vida saudável era parcial entre os idosos, principalmente em relação à prática da atividade física e o gerenciamento do estresse, onde apenas seis e onze idosos respectivamente relataram aderir as condutas acima citadas. Observamos que a concepção dos idosos sobre estilo de vida saudável consistia no conjunto de atos e atitudes concernentes à realidade de cada um, como questões relacionadas à sobrevivência. Isso nos leva a crer que o estilo de vida saudável, na concepção do grupo, ultrapassou a questão da saúde e emergiu na subjetividade dos participantes, nas suas crenças, seus valores e suas condições socioeconômicas, bem como na sua aptidão física. O segundo artigo teve como objetivo avaliar as mudanças ocorridas no estilo de vida dos idosos após a aplicação de uma Tecnologia Educativa em Saúde, norteada pelo Modelo de Crença em Saúde. Nesse contexto, concluímos que a proposta mostrou-se eficiente, pois permitiu modificações comportamentais, principalmente no que se refere à adesão ao exercício físico e a redução de peso. Diante dos resultados obtidos, consideramos essa tecnologia satisfatória, devendo ser inserida nas práticas de educação em saúde de pessoas com hipertensão arterial.