Trabalho, ambiente e saúde: percepções de um grupo de trabalhadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Braga, Elzacy Barbosa Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/76715
Resumo: Sabemos o papel que o trabalho desempenha na vida humana, intermediando a inserção das pessoas no mundo social e profissional. Ao longo dos tempos foram elaboradas novas formas de produção e organização do trabalho, ocorrendo mudanças crescentes das condições e formas de trabalho. Diante a essas mudanças, os fatores de risco para a saúde dos trabalhadores extrapolaram o ambiente de trabalho, incorporando o significado cultural, político e econômico imposto pela sociedade. Considerando essa nova realidade no mundo do trabalho, o estudo descreve a percepção dos trabalhadores da linha de produção industrial sobre a relação entre trabalho, ambiente e saúde; identifica fatores de risco pertinentes à execução da prática da atividade laboral na linha de produção e sugere a otimização e implementação de práticas educativas nessa Indústria. Elegeu-se a abordagem qualitativa, com um estudo descritivo, em que participaram 13 trabalhadores da fábrica de fogão da indústria, em Fortaleza, Ceará, em 2005. Para apreensão dos dados, foram utilizados, como instrumentos de coleta, a observação livre, diário de campo e a entrevista semi-estruturada, sendo estes analisados com base no Discurso do Sujeito Coletivo. Esse discurso mostrou que a relação do homem com seu trabalho é permeada por sensações contraditórias, ambíguas e gratificantes. Essas perpassam pela alegria em ser produtivo, prover sua família e poder usufruir os benefícios econômicos, sociais e culturais que a atividade laboral proporciona. Verbalizam momentos de conflitos, devido ao ?prejuízo? que o trabalho causa à saúde, ao ambiente familiar e social, em decorrência de horas-extras, estresse e cansaço após a jornada de trabalho. Um outro discurso nega que exista relação entre trabalho e saúde. Identificou-se, no discurso coletivo, a presença de riscos físicos, químicos e ergonômicos, dentre outros. Conclui-se que a maioria desses trabalhadores identifica que o trabalho interfere na saúde e âmbito familiar e social, contudo a compreensão dessa interferência merece ser ampliada. Nesse sentido, os princípios da Educação em Saúde, podem contribuir e conduzir as mudanças necessárias para otimizar o ambiente de trabalho e as relações familiares, sociais e culturais.