"Eu não sou nenhuma filha da mãe": trajetória de uma gestante usuária de crack no serviço de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Branco, July Grassiely de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105099
Resumo: No contexto da Rede Cegonha a gravidez é entendida como evento a integrar a vivência sexual e reprodutiva do casal, e a equipe de saúde desempenha um papel ético preponderante nessa fase especifica do ciclo vital. Quando associada ao uso de drogas, requer a ampliação do estado de vigília profissional, em razão da maior vulnerabilidade da díade mãe-filho aos agravos relacionados. Neste estudo objetivou-se analisar a experiência com acolhimento e vinculo de uma gestante usuária de crack na Rede Cegonha em Fortaleza, Ceará. Trata-se uma pesquisa qualitativa, na modalidade estudo de caso, realizado em uma Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) localizada na Secretaria Executiva Regional (SER) V. Utilizou-se da entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados, realizada com quatro trabalhadores de saúde, uma gestante usuária de crack e três familiares, perfazendo um total de oito participantes. O processamento dos dados ocorreu por meio da análise de conteúdo na modalidade temática. Respeitaram-se os aspectos éticos e legais do estudo, aprovado pelo parecer de n0 189.251 do Comitê de ética da Universidade de Fortaleza. Os relatos foram categorizados a partir da trajetória da usuária na busca de atendimento nos serviços de saúde. Os resultados obtidos, tiveram como base a família, uso de crack e gestação, Redes de Atenção à Saúde (RAS), Processo de Trabalho, Rede Cegonha, Acolhimento e Linha do Cuidado. Conclui-se que apesar de as Redes de Atenção à Saúde (RAS) serem estruturadas para garantir o acesso e a integralidade no cuidado, evidenciaram-se lacunas nesse acompanhamento, como a ausência da integralidade do cuidado, a fragilização do atendimento à gestante usuária de substância psicoativa, e a falta de comunicação entre os profissionais dos diversos dispositivos da Rede.