Avaliação do processo de coagulação no período intraoperatório em pacientes com perfil clínico pró-trombótico submetidos a transplante de fígado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nascimento, José Carlos Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/108693
Resumo: Introdução e objetivo: O transplante ortotópico de fígado (TOF) é um procedimento altamente complexo, podendo oferecer também difícil controle intraoperatório dos pacientes que apresentam coagulopatia. O presente estudo teve como objetivo avaliar o processo de coagulação durante o intraoperatório em pacientes com perfil clínico pró-trombótico submetidos a transplante de fígado. Métodos: O estudo do tipo prospectivo e observacional foi realizado no Hospital Geral de Fortaleza-CE. Foram estudados 19 pacientes submetidos ao TOF no período de outubro de 2014 a dezembro de 2015, de ambos os sexos e com idade a partir de 18 anos. Foram coletadas três amostras durante o procedimento (no início da cirurgia ¿ IC, no inicio da anastomose da veia porta na fase anepática ¿ FA e no início da anastomose das vias biliares na fase neohepática - FN) para analisar coagulação, fibrinólise, presença de heparina e guiar o uso de produtos sanguíneos e antifibrinolíticos; através dos ensaios da tromboelastometria (EXTEM, APTEM, FIBTEM, INTEM e HEPTEM) com o uso do ROTEM®. Foi dosada, também, em cada fase, a hemoglobina. Resultados: A média de hemoglobina foi maior na fase IC em relação às fases FA e FN, com significância estatística (p < 0,05). Os parâmetros do EXTEM (CT e MCF), FIBTEM (A10 e MCF), e INTEM (MCF) analisados, apresentaram tendência a hipocoagulação ao longo do transplante hepático, sem significância estatística. Já parâmetros do EXTEM como CFT na FA em relação ao IC e o ângulo alfa nas FA e FN em relação ao IC, assim como, O CFT na FN em relação ao IC e o ângulo alfa na FN em relação ao IC e FA apresentaram tendência a hipocoagulação ao longo do TOF, com significância estatística (p < 0,05). A ML foi significativamente maior (p < 0.05) no IC e FA em relação à FN quando analisado pelo EXTEM e, também, no IC em relação às FA e FN, quando analisado pelo APTEM. Houve prolongamento, com significância estatística (p < 0,05), do CT no INTEM na FN em relação ao IC e FA e prolongamento do CT no HEPTEM na FN em relação ao IC e FA, mas sem significância estatística. Assim como, também, ocorreu redução da relação CTHEPITEM / CTINTEM na FN em relação ao IC e FA, sem significância estatística. A frequência da administração de protamina foi maior na FN em relação ao IC e FA, sem significância estatística Conclusão: Apesar dos pacientes apresentarem perfil clínico tido como pró-coagulantes, a análise do ROTEM® indica que, na média, o grupo apresentou tendência à hipocoagulação, independentemente da transfusão de produtos sanguíneos durante a cirurgia. A fibrinólise foi mais acentuada no início do transplante e na casuística avaliada, o diagnóstico da presença de heparina e ou heparinóides foi superior na fase neohepática, sendo corrigido com protamina. Palavras-chave: Transplante Hepático; Alterações da Coagulação; Tromboelastometria.