O sexismo nos relacionamentos íntimos: o que dizem as mulheres?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Garlana Lemos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/582678
Resumo: O sexismo é uma das diferentes expressões do preconceito, compõe-se de avaliações negativas e atos discriminatórios dirigidos às mulheres em função da sua condição de gênero. A teoria do sexismo ambivalente afirma que o sexismo é marcado por um conjunto de atitudes hostis e benevolentes. O sexismo hostil se caracteriza pela proteção do poder social privilegiado da classe masculina, e o sexismo benevolente facilita as relações íntimas entre homens e mulheres. No Brasil, os indicadores sociais das mulheres, quando comparados com aqueles apresentados pelos homens, caminham em direção contrária à igualdade de gênero. Os dados têm demonstrado que a condição de ser mulher gera consequências em distintos âmbitos da vida social, econômica e política, com reflexos ainda mais alarmantes quando observados os dados sobre a violência de gênero. Desse modo, faz-se necessário compreender como o sexismo se expressa nos relacionamentos íntimos, segundo a percepção das mulheres. Considerando esse cenário, no que diz respeito ao sexismo, este estudo tem como objetivo geral: investigar a percepção de mulheres sobre expressões de sexismo hostil e benevolente nos seus relacionamentos íntimos. Para alcançá-lo, três objetivos específicos são propostos: a) Conhecer a avaliação das mulheres frente aos seus relacionamentos íntimos; b) Observar a percepção das mulheres sobre o que é o sexismo; c) Averiguar se as mulheres reconhecem experiências de sexismo em seus relacionamentos íntimos. Participaram da pesquisa 10 mulheres, todas atendendo aos critérios de inclusão de serem cisgênero, heterossexuais e que mantiveram ou mantém um relacionamento íntimo monogâmico e sério há no mínimo um ano. As participantes responderam um questionário de cunho sociodemográfico contendo 16 questões com o objetivo de identificar variáveis como o género, idade, localidade, estado civil, nível de escolaridade atingido, profissão e nível socioeconómico dos participantes. Foi utilizada a técnica de grupo focal no formato virtual, como fonte principal de coleta dados. Os resultados obtidos por meio do Grupo Focal apontam que as mulheres avaliam de forma negativa seus relacionamentos íntimos, e que pesar de algumas pontuarem que o sexismo é um tipo de discriminação, a maioria associa essa discriminação a forma como a mulher se veste, se comporta, e se coloca frente a sociedade. A partir das respostas, percebe-se situações que o sexismo hostil está presente, com exemplos de desvalorização da competência das mulheres, intimidando-as a buscarem sua independência, estando associado também a comportamentos agressivos. Os resultados demonstraram que a influência da cultura patriarcal ainda se faz presente na vida das mulheres. E que manter o casamento representa uma missão exclusivamente do gênero feminino. Isso ilustra perfeitamente o modelo familiar da boa esposa, compreensiva, capaz de resolver tudo dentro do ambiente doméstico, super dedicada, responsável por organizar a casa e educar os filhos. Enquanto o homem, seu marido, trabalha e cuida dos negócios da família. Palavras-chave: Sexismo, Mulheres, Relacionamento Íntimo, Grupo Focal.