Índice de Massa Corporal no diagnóstico de transtornos nutricionais em idosos institucionalizados no município de Fortaleza, Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gabriele, Rosina Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/96216
Resumo: Introdução: Idosos institucionalizados são vulneráveis a transtornos nutricionais, que se relacionam a morbidade e mortalidade em todas as idades. Antropometria é uma forma simples, objetiva e de baixo custo de realizar a avaliação nutricional. Objetivo: Determinar os cortes mais adequados de Índice de Massa Corporal (IMC) e IMC ajustado pela altura do joelho no diagnóstico de desnutrição e estimativa de risco cardiovascular elevado em população de idosos institucionalizados. Metodologia: Estudo transversal realizado de abril a maio de 2007. A avaliação para desnutrição realizada em 103 idosos institucionalizados e a avaliação de risco cardiovascular, em 96 idosos institucionalizados. Realizou-se avaliação antropométrica: peso (P), altura (A), altura do joelho (AJ), circunferência da panturrilha (CP), circunferência da cintura (CC), relação cintura quadril (RCQ), índice de conicidade (IC), altura estimada pela AJ e IMC e IMC ajustado pela altura estimada. Consideraram-se os cortes de Lipschitz e Organização Mundial de Saúde (OMS) para IMC. Os parâmetros de validação do IMC e IMC ajustado no diagnóstico de desnutrição foram determinados tomando-se como padrão-ouro a CP. Os pontos de corte do IMC e IMC ajustado, assim como as medidas antropométricas de obesidade central (CC; RCQ e IC) na determinação de risco cardiovascular elevado foram calculados pela curva-ROC (receiver operating characteristic) onde a sensibilidade e a especificidade foram comparadas com o risco cardiovascular elevado. Resultados: Considerando IMC-Lipschitz ajustado pela altura do joelho a prevalência de transtornos nutricionais de 37 (60,7%) entre os homens e 32(76,2%) entre as mulheres. A desnutrição foi mais prevalente entre os homens 17 (27,9%) e o excesso de peso entre as mulheres 23 (54,8%). Este parâmetro apresentou especificidade de 86,59% e sensibilidade de 71,43% para diagnóstico de desnutrição, bem superior à sensibilidade de 14,29% quando considerados os cortes da OMS com o IMC calculado com altura medida em antropômetro. IMC ajustado apresentou a maior área sob a curva-ROC entre as mulheres (0,574) e a segunda maior entre os homens (0,573), mas não houve significância estatística para nenhum dos parâmetros antropométricos utilizados na identificação de risco cardiovascular elevado, segundo ERF. Conclusão: Calcular o índice de massa corporal (IMC) ajustado pela AJ e utilizar os cortes de Lipschitz aumentou a sensibilidade deste índice no diagnóstico de desnutrição na população estudada. Utilizar os cortes de Lipschitz para IMC também aumentou a especificidade deste índice ao considerarmos estimativa de risco elevado para eventos cardiovasculares na população estudada.