Índice de massa corporal e perímetro da cintura como preditores de risco para hipertensão arterial e hipercolesterolemia em idosos não institucionalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Soar, Claudia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-20022020-134025/
Resumo: Introdução: o Brasil terá uma das maiores populações de idosos em poucos anos e, à medida em que mais pessoas vivem até idade avançada, aumentam os casos de hipertensão (HA) e hipercolesterolemia (HC), para os quais, a idade é fator de risco. A antropometria, com valores adaptados à população idosa, poderia auxiliar na identificação de risco para doenças cardiovasculares. Objetivo: investigar valores de índice de massa corporal (IMC) e perímetro da cintura (PC), na identificação de risco para HA e HC, em idosos não institucionalizados, de acordo com sexo e grupo etário. Método: estudo transversal, com 955 idosos do Centro de Referência do Idoso (CRI) -Secretaria Estadual da Saúde, São Miguel Paulista/SP. Foram estudadas pressão arterial, colesterol total, IMC e PC. Por meio da curva ROC, foi investigada a capacidade de valores de IMC (>= 28 kg/m2 ) e PC (>= 88 cm para mulheres e >= 102 para homens), na identificação de risco para HA e HC. Foram verificadas sensibilidade (SE) e especificidade (Es) dos valores propostos na literatura e identificado o melhor valor para IMC e PC, na identificação de risco destas doenças. Resultados: em homens, a área sob a curva ROC de IMC >= 28 kg/ m2 foi semelhante para identificar risco para HA e HC. Nas duas doenças os valores de Es foram maiores do que de Se. PC >= 102 em apresentou maior área sob a curva ROC na identificação de risco para HA, com valores de Es maiores do que de Se. Na identificação de risco para HC apresentou-se, sensível e específico, de forma similar. Em mulheres, o IMC >= 28 kg/ m2 apresentou maior área sob a curva ROC, na identificação de risco para HA, com valores de Es maiores do que de Se. PC >= 88 cm apresentou maior área sob a curva ROC na identificação de risco para HA. Tanto para HA como para HC, com valores maiores de Se do que Es. Observou-se, no IMC 25,5 kg/ m2 o melhor ponto de interseção entre os valores de Se e Es, para homens na identificação de HA, e para mulheres na Identificação de risco para HA e HC. No caso de PC, o melhor ponto de interseção (>= 97,5 cm), entre Se e Es, ocorreu em homens, na identificação de risco para HA. Conclusão: os valores de IMC e PC, sugeridos na literatura, apresentaram áreas sob a curva ROC, para identificação de risco para HA e HC, inferiores a 0,63 e valores de Se e Es bastante distintos. Pode-se afirmar, que nesta amostra, estes valores não apresentaram bom poder na identificação de risco para HA e HC.